"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



terça-feira, 4 de junho de 2024

“OS JUSTOS FLORESCERÃO COMO A PALMEIRA”

“OS JUSTOS FLORESCERÃO COMO A PALMEIRA”

“O justo florescerá como a palmeira, crescerá como o cedro no Líbano. Plantados na Casa do SENHOR, florescerão nos átrios do nosso Deus. Na velhice darão ainda frutos, serão cheios de seiva e de verdor” (Sl 92.12-14).

O justo florescerá como a palmeira. O salmista então passa à consideração de outra verdade geral: que embora Deus exercite seu povo com muitas provações, o sujeite a dificuldades e o visite com privações, ele eventualmente mostra que não os tem esquecido. Não carece que nos sintamos surpresos ante sua insistência tão explícita e cuidadosa neste ponto, como nada sendo mais difícil do que para os santos de Deus nutrirem expectativas de se soerguerem e se verem livres quando forem reduzidos quase à condição dos mortos, cuja aparência não revela que estão vivos. A menção da palmeira e do cedro, o sentido é simplesmente que, embora os justos pareçam por algum tempo murchos, ou que permaneçam cortados, novamente brotarão com renovado vigor e florescerão tanto e com tanta beleza na Igreja de Deus à semelhança dos cedros do Líbano. A expressão empregada - Plantados na Casa do SENHOR - justifica a razão de seu vigoroso crescimento; tampouco significa que meramente têm um lugar ali (o que se pode dizer dos hipócritas), mas que estão firmemente fixos e profundamente arraigados nela, de modo a estarem unidos a Deus. O salmista fala dos átrios do nosso Deus, porque a ninguém, senão aos sacerdotes, se permitia entrar no santo lugar; o povo adorava no átrio. Pela expressão, os que são plantados na Igreja, ele quer dizer que somos unidos a Deus numa conexão real e sincera, e insinua que sua prosperidade não pode ser de uma natureza mutável e flutuante, porque ela não se fundamenta em algo pertencente a este mundo. Nem podemos duvidar que tudo o que tem suas raízes e se fundamenta no santuário continuará a florescer e a ter participação na vida, a qual é espiritual e eterna. É neste sentido que ele fala de ainda produzir fruto e ser viçoso, mesmo na velhice, quando o vigor e a seiva geralmente estão secos. A linguagem equivale a que estão isentos da sorte ordinária dos homens e têm uma vida que é removida de sob a lei comum da natureza. É por isso que Jacó, falando da grande renovação que ocorreu na Igreja, faz menção daquele feliz período em que, tendo alguém cem anos de idade, seria ainda criança, significando que, embora a velhice naturalmente tende para a morte, e quem tiver vivido cem anos se encontra nos próprios limites dela, todavia no reino de Cristo uma pessoa deve se considerar como estando meramente em sua infância e se iniciando na vida, se ingressando num novo século. Isso só podia ser verificado no sentido em que depois da morte teremos outra existência no céu.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.

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