“COMO UM PAI SE COMPADECE DE SEUS FILHOS”
“Como um pai se
compadece de seus filhos, assim o SENHOR se compadece dos que o temem” (Sl 103.13).
O salmista Davi não
só explica, à guisa de comparação, o que ele já havia declarado, mas também ao
mesmo tempo assinala a causa por que Deus tão graciosamente nos perdoa, a
saber: porque ele é um pai. Portanto,
é em decorrência de haver Deus gratuita e soberanamente nos adotado como seus
filhos que ele continuamente perdoa nossos pecados e, consequentemente, somos
atraídos àquela fonte donde emana a esperança de perdão. E como ninguém jamais
foi adotado com base em seu próprio mérito, segue-se que os pecados são
gratuitamente perdoados. Deus é comparado a pais terrenos, não porque ele seja
em todos os aspectos como eles, mas porque não há imagem terrena que forme
paralelo com seu amor para conosco, e o qual seja melhor expresso. Para que a
bondade paternal de Deus não fosse pervertida como um estímulo ao pecado, Davi
novamente reitera que Deus é assim favorável somente em prol dos que são seus
sinceros adoradores. É deveras uma prova de incomum paciência o fato de Deus
“fazer seu sol nascer sobre maus e bons” [Mt 5.45]; mas o tema aqui tratado é a
livre imputação da justiça por meio da qual somos reputados filhos de Deus.
Ora, esta justiça só é oferecida aos que se devotam inteiramente a um Pai tão
liberal, e reverentemente se submetem a sua palavra. Mas como nossa obtenção de
santidade neste mundo, qualquer medida que ela tenha, longe está da perfeição,
então só resta uma coluna de apoio sobre a qual nossa salvação seguramente pode
repousar: a bondade de Deus.
Deus nos
abençoe!
João Calvino (1509-1564).
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