"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sexta-feira, 5 de setembro de 2025

“GERAÇÃO A GERAÇÃO LOUVARÁ AS TUAS OBRAS”


“GERAÇÃO A GERAÇÃO LOUVARÁ AS TUAS OBRAS”

“Grande é o SENHOR e mui digno de ser louvado; a sua grandeza é insondável. Geração a geração louvará as tuas obras e anunciará a outra geração os teus poderosos feitos. Meditarei no glorioso esplendor da tua majestade e nas tuas maravilhas” (145.4,5).

O salmista Davi é levado a celebrar os louvores de Deus, ao refletir sobre a excelência de sua sabedoria, bondade e justiça, tanto no governo do mundo, em geral, como particularmente na administração, supervisão e defesa dos filhos dos homens. Depois de recordar os louvores da providência de Deus, ele passa a falar sobre o favor especial demonstrado por Ele a seu próprio povo.

Geração a geração. O salmista insiste na verdade geral de que todos os homens foram feitos e são preservados em vida para este fim: dedicarem-se ao louvor de Deus. Há um contraste implícito entre o nome eterno de Deus e a imortalidade de fama que os grandes homens parecem adquirir por suas proezas. As excelências humanas são enaltecidas em histórias. Com Deus ocorre algo diferente, pois não há sequer um dia em que Ele não renove a lembrança de suas obras, nutrindo-a por meio de algum efeito presente, a ponto de preservá-la indelevelmente viva em nossa mente. Pela mesma razão, Davi fala a respeito do glorioso esplendor ou beleza de excelência de Deus, a fim de despertar, ainda mais, em outros, a admiração dessa excelência. Creio que a expressão as palavras de suas maravilhosas obras aludem ao método incompreensível das obras de Deus, pois os prodígios são tantos, que esmagam nossos sensos. E podemos inferir disso que a grandeza de Deus não é aquela que se acha oculta em sua misteriosa essência, nem na disputa sutil por meio da qual, em negligência de suas obras, muitos merecem a acusação de meros tagarelas, pois a verdadeira religião demanda conhecimento prático, e não especulativo. Havendo dito que falaria de ou meditaria nas obras de Deus, ele transfere seu discurso para outros, sugerindo que no mundo sempre haverá alguns que declararão a justiça, a bondade e a sabedoria de Deus e que as excelências de Deus são dignas de ser proclamadas, com consenso universal, por toda língua. E, se outros desistissem e privassem a Deus da honra que Lhe é devida, o salmista declara que ele mesmo, no mínimo, cumpriria sua parte e, enquanto os outros mantinham silêncio, ele apresentará energicamente os louvores de Deus.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Faça-nos uma oferta (Chave PIX - 083.620.762.91).

*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil - Curitiba/PR.

Nenhum comentário:

Postar um comentário