“NADA HÁ ENCOBERTO, QUE NÃO VENHA A SER REVELADO”
“O discípulo não
está acima do seu mestre, nem o servo, acima do seu senhor Basta ao discípulo
ser como o seu mestre, e ao servo, como o seu senhor. Se chamaram Belzebu ao
dono da casa, quanto mais aos seus domésticos? Portanto, não os temais; pois
nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a
ser conhecido” (Mt 10.24-26).
Fazer a obra de
Deus neste mundo é uma tarefa muito difícil! Todos quantos empreendem descobrem
isto por experiência. É preciso muita coragem, fé, paciência e perseverança.
Satanás lutará vigorosamente para manter o reino das trevas. A natureza humana
é desesperadamente corrupta. Praticar o mal é fácil. O difícil é fazer o bem.
O Senhor Jesus
sabia disso muito bem quando enviou os discípulos para pregarem o evangelho
pela primeira vez. Mesmo que eles não soubessem o que os esperava, Ele o sabia.
Ele teve o cuidado de lhes dar uma lista de palavras de encorajamento, para
animá-los quando se sentissem abatidos. Missionários exaustos no país distante,
ou ministros que se sentem esgotados, mesmo trabalhando no seu próprio país, professores
desalentados e evangelistas, todos fariam bem em estudar com frequência estes
versículos. Observemos os que eles contêm.
Os que trabalham
na obra de Deus não devem esperar ser
melhor sucedidos. “O discípulo não está acima do seu mestre, nem o servo,
acima do seu senhor”. O Senhor Jesus foi caluniado e rejeitado por aqueles a
quem viera beneficiar. Não havia erros em sua doutrina. Não havia defeitos em
seu método de transmitir a instrução. Mesmo assim Ele foi odiado e chamado de
Belzebu. Poucos creram nEle e se importaram com o que Ele dizia. Não temos o
direito de ficar surpresos se nós, cujos melhores esforços são permeados de
tantas imperfeições, somos tratados da mesma maneira que Jesus Cristo o foi. Se
não nos importarmos com o mundo, eles também não se importarão conosco. Mas, se
intentarmos o bem-estar espiritual dos homens, então nos odiarão, como fizeram
com o nosso Mestre.
Os que procuram fazer o bem, devem esperar com paciência pelo dia de juízo. “Pois nada há encoberto, que não venha a ser revelado; nem oculto, que não venha a ser conhecido”. Precisam contentar-se em serem mal compreendidos, difamados, vilipendiados, caluniados e maltratados neste mundo. Não devem deixar de trabalhar, somente porque os seus motivos são mal interpretados e o caráter deles é ferozmente atacado. Devem lembrar-se continuamente de que todas essas injustiças serão devidamente corrigidas, no último dia. Os segredos do coração de todos os homens serão então desvendados. Ele “fará sobressair a tua justiça como a luz, e o seu direito como o sol ao meio-dia” (Sl 37.6). A pureza das intenções dos crentes, a sabedoria dos labores deles e a retidão da causa que defendem serão, finalmente, manifestos diante do mundo inteiro. Por conseguinte, continuemos trabalhando constante e tranquilamente. Talvez os homens não nos compreendam, opondo-se com veemência a nós. Porém, o dia do juízo já se aproxima velozmente. Afinal, a justiça nos será feita. O Senhor, quando voltar ao mundo, “não somente trará à plena luz as coisas ocultas das trevas, mas também manifestará os desígnios dos corações; e, então, cada um receberá o seu louvor da parte de Deus” (1Co 4.5).
Deus nos abençoe!
J.C.Ryle
(1816-1900).
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*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil - Curitiba/PR.
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