“SANTIFICA-OS NA VERDADE”
“Santifica-os na verdade; a tua palavra é a verdade” (Jo 17.17).
Essas palavras maravilhosas constituem uma conclusão adequada para a
mais admirável oração já pronunciada na terra, a última oração do Senhor Jesus após
a última ceia.
Devemos dar atenção especial ao pedido de nosso Senhor Jesus em favor da
santificação dos seus discípulos. “Santifica-os
na verdade; a tua palavra é a verdade”. Aqui, a palavra “santificar”
significa “tornar santo”. Jesus estava pedindo que o Pai tornasse seus
discípulos mais santos, espirituais, puros, em pensamentos, palavras, obras,
vida e caráter. A graça divina já os havia chamado, convertido, regenerado e
transformado. Agora o grande Cabeça da igreja ora para que esta obra da graça seja
levada adiante e seu povo seja santificado de maneira mais completa, em corpo e
alma – em outras palavras, mais semelhantes a Ele mesmo.
Mais santificação é aquilo que deve desejar todo verdadeiro cristão.
Viver em santidade é a grande prova da realidade do cristianismo. Pessoas podem
recusar-se a reconhecer a veracidade de nossos argumentos, mas não podem
esquivar-se da evidência de um viver em santidade. Esse tipo de vida adorna a
vida espiritual, tornando-a sublime, e às vezes conquista aqueles que não foram
ganhos “através da Palavra”. Viver em santidade treina o crente para morar no
céu. Quanto mais nos achegamos a Deus, enquanto vivemos neste mundo, tanto mais
preparados estaremos para viver nos céus, quando morrermos. Nossa admissão no
céu será totalmente pela graça de Deus e não por causa de nossas obras;
todavia, o próprio céu não será céu para nós, se entrarmos ali possuindo um
caráter destituído de santidade. É preciso existir uma idoneidade moral para “a
herança dos santos na luz”. Somente o sangue de Cristo pode nos outorgar o
direito de possuir aquela herança. A santificação precisa nos capacitar para
desfrutá-la.
À luz desses fatos, quem se admira de ter sido a santificação uma das
primeiras coisas que nosso Senhor suplicou para seu povo? Dentre os que são
ensinados por Deus, quem deixaria de reconhecer que santidade gera felicidade e
que os que andam em intimidade com Deus são aqueles que vivem com mais
tranquilidade neste mundo? Ninguém deve nos enganar com palavras vãs no que
concerne a este assunto. Aquele que despreza a santidade e negligencia as boas
obras, tendo o inútil pretexto de honrar a justificação pela fé, demonstra que
não possui a mente de Cristo.
Deus nos abençoe!
J.C.Ryle (1816-1900).
*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil – Curitiba (PR).

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