“Disse
mais Abraão: Eis que me atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn
18.27)
A humildade, primária e
principalmente, consiste no senso de nossa insignificância quando comparados
com Deus ou o senso da infinita distância que há entre Deus e nós. Somos
criaturas pequenas, desprezíveis, sim, vermes no pó, e devemos sentir que não
passamos de nulidade, menos que nada, em comparação com a Majestade do céu e da
terra. Abraão expressa tal senso de sua nulidade quando disse: “Eis que me
atrevo a falar ao Senhor, eu que sou pó e cinza” (Gn 18.27). Não existe
humildade sem alguma medida deste espírito; porque, seja qual for a medida do
senso que tivermos de nossa insignificância, quando comparados com alguns de
nossos semelhantes, não somos realmente humildes, a menos que tenhamos o senso
de nossa nulidade quando comparados com Deus. Há pessoas que cultivam o
pensamento de inferioridade, acerca de si mesmas, quando se comparam com outras
pessoas, à vista da insignificância de suas circunstâncias, ou de um
temperamento melancólico e de desalento que lhes é natural, ou de alguma outra
causa, enquanto nada sabem da infinita distância que existe entre elas e Deus,
e, muito embora entejam prontas a olhar para si como sendo humildes, contudo
não possuem verdadeira humildade. Aquilo que acima de todas as demais coisas
nos convém saber de nós mesmos é o que somos em comparação com Deus, que é
nosso Criador e aquele em quem vivemos, nos movemos e temos nosso ser, e que é
infinitamente perfeito em todas as coisas. E caso ignoremos nossa
insignificância quando comparados com Ele, então o que é mais essencial para
nós, o que é indispensável à genuína humildade, esta ausente. Mas, onde este
fato é realmente sentido, aí a humildade se sobressai.
Jonathan Edwards (1703-1758).
*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-1115
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