Fé Salvífica:
Confiança Implícita na Salvação
“Justiça de Deus mediante a fé em
Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da
glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por
sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.22-24).
*Confissão
de Fé de Westminster - Da Fé Salvífica - capítulo XIV.
Seção II – Por esta fé o
cristão, segundo a autoridade do próprio Deus falando em sua Palavra, crê ser
verdadeiro tudo quanto está revelado nela; e age de conformidade com o que cada
passagem especificamente contém; prestando obediência aos mandamentos, tremendo
ante suas ameaças e abraçando as promessas de Deus para esta vida e a vida por
vir. Os principais atos da fé, porém são: aceitar, receber e descansar
unicamente em Cristo para a justificação, a santificação e a vida eterna, em
virtude do pacto da graça.
Jo 4.42; 1Ts 2.13; 1Jo 5.10; At 24.14; Rm 16.26; Is 66.2; Hb 11.13; 1Tm
4.8; Jo 1.12; At 16.31; Gl 2.20; At 15.11.
Esta seção ensina: -
1. Que a fé salvífica repousa
na verdade do testemunho de Deus falando em sua Palavra.
2. Que ela considera como
seu objeto todo o conteúdo da Palavra de Deus, sem exceção.
3. Que o estado complexo da mente a que o epíteto "fé" se aplica na Escritura varia segundo a natureza da passagem específica da Palavra de Deus que é o seu objeto.
4. Que o ato específico da fé salvífica, o qual nos une a Cristo e é a única condição ou instrumento da justificação, envolve dois elementos:
4. Que o ato específico da fé salvífica, o qual nos une a Cristo e é a única condição ou instrumento da justificação, envolve dois elementos:
4.1. Assentimento ao que as
Escrituras nos revelam concernente à pessoa, ofícios e obra de Cristo; e
4.2. Dependência ou
confiança implícita na salvação completa.
Foi amplamente polemizado
entre romanistas e protestantes se a fé salvífica incluía ou não a confiança. A
resposta genuína consiste em que a confiança é um elemento integrante e
inseparável de cada ato da fé salvífica, no qual a confiança é apropriada à
natureza do objeto crido. É óbvio que muitas das proposições da Escritura não
são os objetos distintivos da confiança. Em todos esses casos, a fé inclui
reconhecimento, assentimento, aquiescência, submissão, segundo o caso. Mas em
todos os casos nos quais a natureza da verdade crida se torna o exercício da
confiança legítima, e especialmente naquele ato específico da fé salvífica
chamada de fé justificadora, a qual une a Cristo e é a raiz e o órgão de toda a
vida espiritual, a confiança é indubitavelmente um elemento da própria essência
daquele estado de mente chamado fé na Escritura.
As Escrituras expressamente
afirmam que somos justificados por essa fé da qual Cristo é o objeto. (Rm 3.22-25;
Gl 2.16; Fp 3.9). Isso claramente pressupõe que a fé não é mera convicção intelectual
acerca da veracidade das verdades reveladas nas Escrituras, senão que inclui um
abraço sincero e um assentimento confiante de Cristo, sua obra meritória e suas
graciosas promessas. Amém!
A.A.Hodge (1823-1886).
*Confissão de Fé de Westminster Comentada – Editora Os Puritanos.
*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-1115
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