A
Fidelidade de Deus (1)
“Saberás, pois, que o SENHOR, teu Deus, é Deus, o
Deus fiel, que guarda a aliança e a misericórdia até mil gerações aos que o
amam e cumprem os seus mandamentos” (Dt 7.9).
A
infidelidade é um dos pecados mais proeminente nestes maus dias. Com raríssimas
exceções, a palavra de um homem não é mais a sua fiança, nos negócios deste
mundo. No mundo social, a infidelidade conjugal ocorre por todo lado, sendo que
os laços matrimoniais são desfeitos com a mesma facilidade com que uma roupa
velha é rejeitada. Na esfera eclesiástica, milhares que se comprometeram
solenemente a pregar a verdade, sem nenhum escrúpulo a negam e a atacam. Nem o
autor, como tampouco o leitor, podem arrogar-se completa imunidade deste pecado
terrível: de quantas maneiras temos sido infiéis a Cristo, e à luz e aos
privilégios que Deus nos confiou! Como é animador então, que indizível bênção é
erguer os olhos acima desta ruinosa cena e contemplar Aquele que, só Ele, é
fiel, fiel em tudo, fiel o tempo todo.
“Saberás,
pois, que o SENHOR teu Deus é Deus, o Deus fiel...” (Dt 7.9). Esta qualidade é
essencial ao Seu ser; sem ela Ele não seria Deus. Pois, ser Deus infiel seria
agir contrariamente à Sua natureza, o que é impossível. “Se somos infiéis, ele
permanece fiel, pois de maneira nenhuma pode negar-se a si mesmo” (2 Tm 2.13). A fidelidade ê uma
das gloriosas perfeições do Seu ser. É como se Ele estivesse vestido com esta
perfeição: “Ó SENHOR, Deus dos Exércitos, quem é forte como tu, SENHOR, com a
tua fidelidade ao redor de ti?!” (Sl 89.8). Assim também, quando Deus Se
encarnou, foi dito: “E a justiça será o cinto dos seus lombos, e a fidelidade, o
cinto dos seus rins” (Is 11.5).
Que
palavra, a do Salmo 36.5 — “A tua benignidade, SENHOR, chega até aos céus, até as nuvens, a tua
fidelidade”. Muito acima de toda compreensão
finita está a imutável fidelidade de Deus. Tudo que há acerca de Deus é grande,
vasto, incomparável. Ele nunca esquece, nunca falha, nunca vacila, nunca deixa
de cumprir a Sua palavra. O Senhor Se mantém estritamente apegado a cada
declaração de promessa ou profecia, faz valer cada compromisso de aliança ou de
ameaça, pois “Deus não é homem, para que minta; nem filho do homem, para que se
arrependa. Porventura, tendo prometido, não o fará? Ou tendo falado, não o cumprirá?”
(Nm 23.19). Daí o crente exclama: “...as suas misericórdias não têm fim; renovam-se cada manhã. Grande é a tua fidelidade” (Lm 3.22-23). Aleluia!
A.W.Pink (1886-1952)
*Os Atributos de Deus, Editora PES
*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375
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