“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a
Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito. Porquanto aos que
de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu
Filho, a fim de que ele seja o primogênito entre muitos irmãos. E aos que
predestinou, a esses também chamou; e aos que chamou, a esses também
justificou; e aos que justificou, a esses também glorificou” (Rm 8.28-30).
As antigas doutrinas da
graça são um sistema lógico, coerente e harmônico. Os assim chamados pontos do
calvinismo revelam como é possível a redenção eterna de pessoas totalmente
depravadas, em consequência do pecado original, pelo Deus Triúno: o Pai elege
incondicionalmente, o Filho redime objetivamente os eleitos, e o Espírito Santo
aplica eficazmente a redenção no coração daqueles por quem Cristo morreu. A
doutrina calvinista da graça eficaz diz respeito, portanto, à aplicação da obra
da redenção ao coração dos eleitos de Deus. O Pai elege, Cristo redime e o
Espírito Santo aplica a graça redentora de Deus aos eleitos, chamando-os irresistivelmente
para a salvação.
Se o homem em estado de
pecado está totalmente corrompido, em consequência da queda, e espiritualmente
incapacitado para salvar-se, visto que “está morto em seus delitos e pecados”;
se Deus escolheu soberanamente, antes da fundação do mundo, aqueles em quem manifestaria a Sua misericórdia, designando-os para a salvação; e se Cristo
expiou de fato (objetivamente) o pecado dos eleitos, através da Sua vida,
sacrifício e intercessão; então segue-se, necessariamente, que esta graça
salvadora, redentora e santificadora do Deus Triúno será eficazmente aplicada e
os eleitos de Deus serão irresistivelmente chamados por ela para serem justificados,
santificados e glorificados.
Entretanto, ao afirmar a
doutrina da graça eficaz ou do chamado irresistível, o calvinista não que
dizer, com isso, que os eleitos de Deus não opõem nenhuma resistência à graça
salvadora; nem que sejam convertidos à força, contra a vontade. O que a
doutrina afirma é que a ação do Espírito Santo não poderá ser eficazmente
resistida; isto é: o Espírito Santo agirá de tal modo que, sem violar a vontade
humana, restaurará suas faculdades espirituais corrompidas com a queda. Isto de
tal modo que, restaurada sua visão espiritual, seu intelecto discirna a palavra
da verdade e sua vontade seja persuadida pelo Espírito Santo, ele se arrependa
e creia no evangelho, e a salvação que Cristo objetivamente adquiriu para ele
se efetive subjetivamente. Em outras palavras, ninguém reclamará por ter sido
salvo, nem aqui, nem na glória; por outro lado, ninguém que discirna o
evangelho e deseje sinceramente a salvação será lançado no inferno; quem quer
realmente vir a Cristo para ser salvo, é eleito de Deus.
Aleluia!
Pr. Paulo Anglada
*Calvinismo - As Antigas Doutrinas da Graça, Editora Os Puritanos.
*Visite a Igreja Presbiteriana da Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário
(41)3242-8375
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(41)3242-8375
A paz. Tenho uma dúvida: Se Deus é quem salva de forma 100% ativa, de forma que seu convencimento é algo tão perfeito que não resta à criatura outra coisa senão ser convencido, sem ser forçado, logo sem influir no seu livre arbítrio, então porque não estender esse convencimento para toda a humanidade? Por que convencer só alguns?
ResponderExcluirPara mim a única explicação para um inferno é uma danação é por causa da recusa da própria criatura em ser salva (livre arbítrio)ao qual Deus não irá agir tão ativamente justamente para não influir no arbítrio.
Com todo respeito.