"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



quarta-feira, 29 de dezembro de 2021

“ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR”

 

“ATÉ AQUI NOS AJUDOU O SENHOR”

“Tomou, então, Samuel uma pedra, e a pôs entre Mispa e Sem, e lhe chamou Ebenézer, e disse: Até aqui nos ajudou o Senhor” (1Sm 7.12).

As palavras “até aqui” são como a mão que aponta em direção ao passado. Sejam poucos ou muitos anos, ainda assim, “até aqui nos ajudou o SENHOR”! Na pobreza, na riqueza, na doença, na saúde, em casa ou em outro país, na honra ou na desonra, na perplexidade, na alegria, nas lutas, no triunfo, na oração, na tentação, “até aqui nos ajudou o SENHOR”!

Nós nos deleitamos ao olhar adiante, para uma longa alameda de árvores. É encantador ver a paisagem em seu percurso, algo como um templo verdejante, com pilares de ramos e seus arcos de folhas; da mesma forma olhe para os corredores dos seus anos, para os verdes galhos da misericórdia sobre sua cabeça e os fortes pilares de bondade e fidelidade que sustentaram nossas alegrias. Não há pássaros cantando nos galhos mais distantes? Certamente deve haver muitos e todos cantam a misericórdia recebida “até aqui”.

Mas as palavras também apontam adiante. Pois quando um homem chega a certo ponto e diz: “Até aqui nos ajudou o SENHOR”, ele não está no fim. Ainda há uma distância a ser percorrida. Mais provas, mais alegrias, mais tentações, mais triunfos, mais orações, mais respostas, mais labuta, mais força, mais lutas, mais vitórias e, então, vem a doença, a idade avançada, a enfermidade, a morte. Chegou o fim? Não! Ainda há mais que surge quando conformados à imagem do “primogênito de Deus”: tronos, harpas, canções, salmos, vestes brancas, a comunidade dos santos, a face do nosso Senhor Jesus Cristo, a glória de Deus, a plenitude da eternidade, a infinitude da felicidade.

Ó tenha bom ânimo, filho de Deus, e com confiança grata engrandeça seu “Ebenézer”, pois: O SENHOR que o ajudou até aqui, ajudá-lo-á em toda a jornada (Fp 1.6).

Feliz Ano Novo!

C.H.Spurgeon (1834-1892).

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Rua Elias Karan, 150.
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terça-feira, 21 de dezembro de 2021

“O NASCIMENTO DE JESUS”


“O NASCIMENTO DE JESUS”

“Naqueles dias, foi publicado um decreto de César Augusto, convocando toda a população do império para recensear-se. Todos iam alistar-se, cada um à sua própria cidade. José também subiu da Galileia, da cidade de Nazaré, para a Judeia, à cidade de Davi, chamada Belém, por ser ele da casa e família de Davi, a fim de alistar-se com Maria, sua esposa, que estava grávida. Estando eles ali, aconteceu completarem-se-lhe os dias, e ela deu à luz o seu filho primogênito, enfaixou-o e o deitou numa manjedoura, porque não havia lugar para eles na hospedaria” (Lc 2.1,3-7).

Desde que há mundo, jamais houve um nascimento tão maravilhoso quanto o de Jesus. Foi em si mesmo um milagre: O eterno Filho de Deus, segunda Pessoa da Trindade Santa, manifestado na carne (1Tm 3.16). E o Verbo se fez carne e habitou entre nós, cheio de graça e de verdade, e vimos a sua glória, glória como do unigênito do Pai (Jo 1.14). São indizíveis as bênçãos que Ele trouxe ao mundo: abriu aos homens a porta para a vida eterna (Jo 3.16).

O primeiro imperador romano publicou um decreto “convocando toda a população para recensear-se”. Neste fato sobressai a sabedoria de Deus. A “plenitude do tempo” chegara, para que o Messias aparecesse. Os príncipes e sacerdotes do mundo gentio haviam sido pesados na balança e achados em falta. Egito, Assíria, Babilônia, Pérsia, Grécia, Roma – todos tinham provado que o mundo não conheceu a Deus pela sua própria sabedoria (1Co 1.21). Os seus grandes generais e poetas, historiadores e filósofos, os reinos do mundo, estavam perdidos em idolatria. Era o tempo certo de Deus intervir desde os céus e enviar um Salvador eficaz (Rm 5.6).

Firmemos sempre a nossa alma no fato confortador de que o tempo está nas mãos de Deus (Sl 31.15). Ele sabe qual a melhor ocasião para enviar socorro ao seu povo e nova orientação ao mundo. Tomemos cuidado, a fim de não darmos lugar à ansiedade por causa do que acontece à nossa volta, como se soubéssemos melhor do que Deus qual é a melhor hora para enviar livramento.

O nosso coração deve sentir-se confortado ao lembrar-se do governo providencial de Deus. Um verdadeiro crente jamais deve comportar-se inquieto ou assustado por causa da conduta dos juízes deste mundo. Deve, sim, com os olhos da fé contemplar Aquele que supervisiona tudo o que eles realizam, fazendo convergir para o bem daqueles que amam a Deus (Rm 8.28), e glória para Aquele cujo nome está acima de todo nome – Jesus Cristo, o nosso Senhor (Fp 2.9-11).

Feliz Natal!

Pr. José Rodrigues

*Meditações no Evangelho de Lucas – J.C.Ryle, Ed. Fiel.

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terça-feira, 7 de dezembro de 2021

“E O VERBO ERA DEUS”

 

“E O VERBO ERA DEUS”

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela" (João 1:1-5).

Nestes cinco primeiros versículos do Evangelho de João temos uma declaração de incomparável sublimidade a respeito da natureza divina do nosso Senhor Jesus Cristo. Com toda certeza, há grande profundidade nessa revelação, cuja compreensão está além do nosso entendimento. Ainda assim, há claros ensinamentos, os quais todo crente deveria guardar como tesouro no coração.

1) O Senhor Jesus Cristo é eterno. João diz que “no princípio era o Verbo”. Ele não começou a existir quando os céus e a terra foram formados e, muito menos, quando o evangelho foi trazido ao mundo. Ele tinha a glória com o Pai “antes que houvesse mundo” (Jo 17.5).

2) O Senhor Jesus Cristo é uma pessoa distinta de Deus, o Pai; e, ainda assim é um com Ele. João diz que “o Verbo estava com Deus”. O Pai e o Verbo, embora sejam duas pessoas, são ligados por uma união inefável. Desde a eternidade, onde quer que o Pai estivesse, ali também estava o Verbo, o Deus Filho – iguais em glória, co-eternos em majestade, mas uma só Divindade.

3) O Senhor Jesus Cristo é o próprio Deus. João diz que o “Verbo era Deus”. Ele não é meramente um anjo criado ou um ser inferior a Deus, o Pai, investido de poder, da parte do Pai, para redimir os pecadores. Não é menos que o Deus perfeito; é igual ao Pai, no que concerne à sua divindade; Ele é Deus, possuindo a mesma natureza que o Pai e existindo antes da fundação do mundo.

4) O Senhor Jesus Cristo é o Criador de todas as coisas. João diz que “todas as coisas foram feitas por intermédio dele e sem ele nada do que foi feito se fez”. Longe de ser uma criatura de Deus, Ele é o Ser que fez o universo e tudo que nele há (Sl 148.5).

5) O Senhor Jesus Cristo é a fonte de toda luz e vida espiritual. João diz que “a vida estava nele, e a vida era a luz dos homens”. “De novo, lhes falava Jesus, dizendo: Eu sou a luz do mundo; quem me segue não andará nas trevas; pelo contrário, terá a luz da vida” (Jo 8.12).

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

*Meditações no Evangelho de João - J.C.Ryle - Ed. Fiel.

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quarta-feira, 1 de dezembro de 2021

"A DIVINDADE DE JESUS" (Jo 1:1-5).

"No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por intermédio dele, e, sem ele, nada do que foi feito se fez. A vida estava nele e a vida era a luz dos homens. A luz resplandece nas trevas, e as trevas não prevaleceram contra ela" (João 1:1-5). Amém!


Deus nos abençoe!

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segunda-feira, 22 de novembro de 2021

“A BÊNÇÃO APOSTÓLICA”

 

“A BÊNÇÃO APOSTÓLICA”

“A graça do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam com todos vós” (2Co 13.13).

O apóstolo Paulo termina a epístola com uma oração constituída de três partes, nas quais está encerrado o todo de nossa salvação. Paulo deseja aos irmãos, antes de tudo, a graça de Cristo, em segundo lugar, o amor de Deus, em terceiro, a comunhão do Espírito. O termo “graça”, aqui, significa a bênção total da redenção. A ordem apresentada pode parecer invertida, visto que o amor exerce a prioridade. Nem sempre há na Escritura uma preocupação quanto à exatidão no arranjo dos termos, mas pode-se também dizer que a ordem, aqui, concorda com a forma doutrinal exposta na Escritura, segundo a qual nós, quando éramos inimigos de Deus, fomos reconciliados pela morte de seu Filho (Rm 5.1), embora a Escritura geralmente fale disto de duas formas diferentes. Às vezes ela fala na forma já citada, que havia inimizade entre nós e Deus, até que fôssemos reconciliados por meio de Cristo. Por outro lado, lemos em João 3.16 que “Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu Filho Unigênito”. Estas duas declarações parecem contradizer uma à outra, porém é fácil reconciliá-las, pois na segunda, vemos pelo prisma de Deus, e na primeira vemos pelo nosso próprio ponto de vista. Porque Deus, no tocante a ele mesmo, nos amou desde antes da fundação do mundo e nos redimiu tão-somente porque nos amou; porém nós, quando olhamos para nós mesmos, nada vemos senão pecado a provocar a ira divina, e não podemos apropriar-nos do amor de Deus sem um Mediador. Portanto, no tocante a nós, a graça de Cristo é o princípio do amor de Deus. Examinando a questão na primeira forma, Paulo não estaria certo pondo a graça de Cristo antes do amor de Deus, porque não se pode pôr o efeito antes da causa; porém, do segundo ponto de vista, é correto começar com a graça de Deus por meio da qual Ele nos adotou como seus filhos, e honrou com seu amor àqueles a quem outrora mantinha sob a ira e abominação em razão do pecado.

A comunhão do Espírito é adicionada porque é somente sob a direção do Espírito que tomamos posse de Cristo e de todos os seus benefícios. Paulo parece também estar fazendo alusão à variedade dos dons do Espírito que ele menciona em outras partes, visto que Deus não concede o Espírito a alguém como um indivíduo isolado, senão que o distribui a cada um segundo a medida da graça, para que os membros da igreja compartilhem seus dons uns com os outros e assim nutram sua unidade.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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domingo, 14 de novembro de 2021

“A PARÁBOLA DAS BODAS” – LIÇÃO 4

 

“A PARÁBOLA DAS BODAS” – LIÇÃO 4

“Entrando, porém, o rei para ver os que estavam à mesa, notou ali um homem que não trazia veste nupcial e perguntou-lhe: Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 22.11-13).

A parábola das bodas, em sua aplicação primária, inquestionavelmente aponta para os judeus. Porém, não podemos limitá-la somente a eles; ela é para todos quantos o evangelho é pregado. “Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça” (Mt 13.9).

Lição 4 – Todos quantos professam falsamente a religião cristã serão detectados, desmascarados e condenados eternamente, no último dia. O Senhor Jesus nos conta que, quando finalmente chegaram os convidados para as bodas, o rei entrou para ver os que estavam às mesas, e “notou ali um homem que não trazia veste nupcial”. O rei perguntou ao homem como este havia entrado vestido impropriamente, mas não obteve qualquer resposta. Então, ordenou o rei a seus servos: “Amarrai-o de pés e mãos, e lançai-o para fora, nas trevas”.

Nesta parábola, um único expulso representa todos os demais que serão lançados para fora, nas trevas. É impossível lermos os corações dos homens. Enganadores e hipócritas nunca serão totalmente excluídos do meio dos verdadeiros cristãos. Desde que uma pessoa professe obediência ao evangelho e viva uma vida externamente correta, não ousamos afirmar categoricamente que tal pessoa não esteja justificada por Cristo. Entretanto, não haverá qualquer dúvida, no dia do juízo. O olho infalível de Deus irá discernir quem é do seu povo e quem não é. Coisa alguma, senão a fé verdadeira, será capaz de subsistir ao fogo do julgamento. Todo e qualquer cristianismo espúrio será pesado na balança e achado em falta. Somente os verdadeiros crentes participarão da ceia das bodas do Cordeiro.

O Rei entrará em breve para ver os convidados. Você já recebeu a veste nupcial? Você está revestido de Cristo? Essa é a grande indagação levantada por esta parábola. Que estas palavras sondem o nosso coração: “Amigo, como entraste aqui sem veste nupcial? E ele emudeceu. Então, ordenou o rei aos serventes: Amarrai-o de pés e mãos e lançai-o para fora, nas trevas; ali haverá choro e ranger de dentes” (Mt 22.12,13).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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“A PARÁBOLA DAS BODAS” – LIÇÃO 3

 

“A PARÁBOLA DAS BODAS” – LIÇÃO 3

“Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas. Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio” (Mt 22.4,5).

A parábola das bodas, em sua aplicação primária, inquestionavelmente aponta para os judeus. Porém, não podemos limitá-la somente a eles, pois contêm lições que perscrutam o coração, ela é para todos quantos o evangelho é pregado. É um quadro espiritual que ainda hoje fala conosco, se é que temos ouvidos para ouvir. “Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça” (Mt 13.9).

Lição 3 – A salvação apresentada no evangelho é rejeitada por muitos daqueles a quem ela é oferecida. O Senhor Jesus nos conta que os convidados, chamados pelos servos do rei, “não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio”.

Há milhares de ouvintes do evangelho que em nada se beneficiam dele. Eles ouvem a pregação diversas vezes, mas não creem para a salvação de sua alma. Eles não sentem qualquer necessidade especial do evangelho. Talvez não cheguem a odiar, nem a se opor, nem façam oposição ao evangelho. Porém, não o recebem no coração. Há outras coisas de que eles gostam muito mais. Seu dinheiro, seus negócios e seus prazeres são todos assuntos muito mais interessantes do que a salvação da alma. Esse é um estado mental deplorável, porém terrivelmente comum. Que nós examinemos o nosso próprio coração e tomemos cuidado de que este não seja também o nosso caso. O pecado notório pode matar os seus milhares, mas a indiferença e a negligência ao evangelho matam os seus dez milhares. Multidões se verão no inferno, não tanto porque desobedeceram abertamente aos dez mandamentos, mas porque fizeram pouco caso da verdade e bondade de Deus.

“Tudo está pronto. Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio” (Mt 22.5).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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“A PARÁBOLA DAS BODAS” – LIÇÃO 2


“A PARÁBOLA DAS BODAS” – LIÇÃO 2

“Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas. Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio” (Mt 22.4,5).

A parábola das bodas, em sua aplicação primária, inquestionavelmente aponta para os judeus. Porém, não podemos limitá-la somente a eles, pois contêm lições que perscrutam o coração, ela é para todos quantos o evangelho é pregado. É um quadro espiritual que ainda hoje fala conosco, se é que temos ouvidos para ouvir. “Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça” (Mt 13.9).

Lição 2 – Os convites do evangelho são amplos, plenos, generosos e ilimitados. O Senhor Jesus nos conta que os servos disseram aos convidados: “Tudo está pronto; vinde para as bodas”.

Da parte de Deus não há nada faltando para a salvação da alma dos pecadores. Ninguém jamais poderá dizer, no fim, que foi por culpa de Deus que não se salvou. O Pai está pronto para amar e acolher. O Filho está pronto para perdoar e limpar de toda a culpa. O Espírito está pronto para santificar e renovar. Os anjos estão prontos para se regozijarem ante cada pecador que retorna ao caminho reto. A graça está pronta para assisti-lo. A Bíblia está pronta para instruí-lo. O céu está pronto para ser o seu lar eterno. Deus sempre será achado inocente do sangue de todas as almas perdidas. O evangelho sempre fala dos pecadores como seres responsáveis e que terão de prestar contas a Deus. O evangelho coloca uma porta aberta diante de toda a humanidade. Ninguém será excluído desse convite universal. Embora poucos são os que entram pela porta estreita, todos são igualmente convidados a entrar por ela.

“Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas. Eles, porém, não se importaram e se foram, um para o seu campo, outro para o seu negócio” (Mt 22.5).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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sexta-feira, 12 de novembro de 2021

“A PARÁBOLA DAS BODAS” – LIÇÃO I


“A PARÁBOLA DAS BODAS” – LIÇÃO 1

“De novo, entrou Jesus a falar por parábolas, dizendo-lhes: O reino dos céus é semelhante a um rei que celebrou as bodas de seu filho. Então, enviou os seus servos a chamar os convidados para as bodas; mas estes não quiseram vir. Enviou ainda outros servos, com esta ordem: Dizei aos convidados: Eis que já preparei o meu banquete; os meus bois e cevados já foram abatidos, e tudo está pronto; vinde para as bodas” (Mt 22.1-4).

A parábola das bodas relatada no evangelho de Mateus 22.1-14, tem um significado muito amplo. Em sua aplicação primária, inquestionavelmente aponta para os judeus. Porém, não podemos limitá-la somente a eles, pois contêm lições que perscrutam o coração, ela é para todos quantos o evangelho é pregado. É um quadro espiritual que ainda hoje fala conosco, se é que temos ouvidos para ouvir. “Quem tem ouvidos [para ouvir], ouça” (Mt 13.9).

Lição 1 – A salvação anunciada no evangelho é comparada a uma festa de casamento. O Senhor Jesus nos fala de “um rei que celebrou as bodas de seu filho”.

Existe no evangelho uma provisão completa para todas as necessidades da alma humana. Há um suprimento de tudo quanto se requer para aliviar a fome e sede espiritual. Perdão, paz com Deus, uma viva esperança neste mundo, glória no mundo vindouro, são bênçãos retratadas diante dos nossos olhos em rica abundância. Trata-se de um banquete espiritual. Toda esta provisão é devida ao amor manifestado pelo Filho de Deus, Jesus Cristo, nosso Senhor. Ele deseja nos unir a si mesmo, restaurar-nos à família de Deus como filhos queridos, vestir-nos com a sua própria justiça, dar-nos uma posição em seu reinado e nos apresentar inculpáveis perante o trono gracioso de seu Pai, no último dia. O evangelho é uma oferta de pão para o faminto, de alegria para o triste, de um lar para o desprezado, de um amigo para o perdido. Porque o Filho do Homem veio salvar o que estava perdido” (Mt 18.11).

“Nisto consiste o amor: não em que nós tenhamos amado a Deus, mas em que ele nos amou e enviou o seu Filho como propiciação pelos nossos pecados” (1Jo 4.10).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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sábado, 6 de novembro de 2021

“UMA LIÇÃO DE HUMILDADE”


“UMA LIÇÃO DE HUMILDADE”

“Depois de lhes ter lavado os pés, tomou as vestes e, voltando à mesa, perguntou-lhes: Compreendeis o que vos fiz?” (Jo 13.12).

Temos nesta narrativa do apóstolo João, em seu evangelho, uma lição prática transmitida pelo Senhor Jesus. Ele afirmou: Ora, se eu, sendo o Senhor e o Mestre, vos lavei os pés, também vós deveis lavar os pés uns dos outros. Porque eu vos dei o exemplo, para que, como eu vos fiz, façais vós também” (Jo 13.14,15).

Considere que a humildade é um dos aspectos desta lição. Se o unigênito Filho de Deus, o Rei dos reis, pensou que não seria indigno para Ele realizar o humilde serviço de escravo, não existe coisa alguma que seus discípulos possam reputar menos importante ou digna para eles fazerem. Nenhum pecado é tão ofensivo e prejudicial à alma quanto o orgulho. Nenhuma virtude é tão recomendada, por exemplo e preceito, como a humildade. "No trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1Pe 5.5).

Seria muito bom se a igreja recordasse mais esta verdade e a humildade não fosse tão escassa entre seus membros. Talvez não exista pessoa tão desagradável aos olhos de Deus quanto a que professa o cristianismo e, ao mesmo tempo, pensa de maneira elevada a respeito de si mesma, demonstrando auto-exaltação, contentamento consigo mesma e orgulho. Infelizmente esse tipo de pessoa é muito comum na igreja contemporânea. No entanto, as palavras que João registrou jamais foram revogadas; pelo contrário elas se tornarão uma testemunha contra muitos no último dia, a menos que se arrependam.

"Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz" (Fp 2.5-8).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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quarta-feira, 3 de novembro de 2021

“ESSE VIRÁ A MIM”


“ESSE VIRÁ A MIM”

“Todo aquele que o Pai me dá, esse virá a mim” (Jo 6.37).

A declaração, “todo aquele que o Pai me dá”, envolve a doutrina da eleição: há alguns que o Pai deu a Cristo. Envolve a doutrina do chamado eficaz: estes que são dados devem vir e virão; por mais que se coloquem resolutamente contra isso, serão trazidos das trevas para a maravilhosa luz de Deus. Ensina-nos a indispensável necessidade da fé, pois mesmo esses que são dados a Cristo não serão salvos a não ser que venham a Jesus. Até mesmo estes precisam vir, pois não há outro caminho para o céu além de Cristo Jesus. Todos que o Pai dá a nosso Redentor devem vir a ele, portanto ninguém pode ir ao céu se não for a Cristo.

Ó! O poder e a majestade presentes na palavra “virá”. Ele não diz que eles têm poder para vir, nem que virão se quiserem, mas que eles “virão”.

O Senhor Jesus, por Seus mensageiros, Sua palavra e Seu Espírito, compele de modo gracioso homens a virem, e, então, desfrutar da Ceia de Suas bodas; e isto Ele faz sem violar a vontade humana, mas pelo poder de Sua graça. Nós podemos exercitar poder sobre a vontade de outro homem e ainda assim a vontade deste outro homem permanecer perfeitamente livre, porque o refreamento é exercido de modo harmonioso com as leis da mente humana. Jesus Cristo sabe, com argumentos irresistíveis dirigidos ao entendimento, por fundamentos poderosos que invocam as emoções, e por misteriosa influência do Seu Santo Espírito operando em todos os poderes e paixões da alma, conquistar o homem como um todo, de modo que, antes sendo rebelde, agora rende-se alegremente a Seu governo, vencido pelo amor soberano. Mas como serão conhecidos estes a quem Deus escolheu? Por este resultado: que eles, deliberada e alegremente venham a Cristo com fé simples e genuína, descansando nEle que é toda a sua salvação e tudo o que desejam. Você veio a Jesus?

“Ninguém pode vir a mim se o Pai, que me enviou, não o trouxer; e eu o ressuscitarei no último dia. Está escrito nos profetas: E serão todos ensinados por Deus. Portanto, todo aquele que da parte do Pai tem ouvido e aprendido, esse vem a mim” (Jo 6.44,45).

Deus nos abençoe!

Charles Haddon Spurgeon (1834-1892).

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segunda-feira, 1 de novembro de 2021

"AJUSTE DE CONTAS"

“Depois de muito tempo, voltou o senhor daqueles servos e ajustou contas com eles” (Mt 25.19).


Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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sexta-feira, 29 de outubro de 2021

“BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES DE ESPÍRITO”

“BEM-AVENTURADOS OS HUMILDES DE ESPÍRITO”

“Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus” (Mt 5.3).

* Introdução

Temos neste capítulo cinco do evangelho de Mateus, o início do que usualmente chamamos de “Sermão do Monte”. Cada palavra dita pelo nosso Senhor Jesus deve ser, por todos nós, reputada como preciosa. É a pregação do nosso supremo Pastor e Mestre.

Neste sermão podemos perceber que o nosso “Bom Pastor” é o tipo de pessoa que devemos ser. Aqui temos o modelo de caráter aprovado por Deus, e este deve ser nosso alvo. Se pretedemos saber qual a conduta e os hábitos mentais que devemos cultivar como cristãos, meditemos com frequência no “Sermão do Monte”. Nele estão as características daqueles que o nosso Senhor Jesus chamou de “Bem-aventurados”.

1 – Considere a primeira dessas características.

O nosso Senhor disse: “Bem-aventurados os humildes de espírito, porque deles é o reino dos céus”. Esta é sem dúvida uma referência aos modestos quanto ao seu autoconceito. O nosso Senhor apontava para os que estão profundamente convictos da sua condição de pecadores. São os “pobres de espírito”, os carentes, os necessitados, os dependentes do Salvador. São aqueles que entenderam a advertência do profeta Isaías 5.21, “Ai dos que são sábios a seus próprios olhos e prudentes em seu próprio conceito”.

2 – Dê atenção aos textos bíblicos que revelam a importância da “humildade de espírito”.

1. “O temor do SENHOR é a instrução da sabedoria, e a humildade precede a honra” (Pv 15.33).

2 “Melhor é ser humilde de espírito com os humildes do que repartir o despojo com os soberbos” (Pv 16.19).

3. “Antes da ruína, gaba-se o coração do homem, e diante da honra vai a humildade” (Pv 18.12).

4. “A soberba do homem o abaterá, mas o humilde de espírito obterá honra” (Pv 29.23).

5. “Ele te declarou, ó homem, o que é bom e que é o que o SENHOR pede de ti: que pratiques a justiça, e ames a misericórdia, e andes humildemente com o teu Deus” (Mq 6.8).

6. “Rogo-vos, pois, eu, o prisioneiro no Senhor, que andeis de modo digno da vocação a que fostes chamados, com toda a humildade e mansidão, com longanimidade, suportando-vos uns aos outros em amor, esforçando-vos diligentemente por preservar a unidade do Espírito no vínculo da paz” (Ef 4.1-3).

7. “Nada façais por partidarismo ou vanglória, mas por humildade, considerando cada um os outros superiores a si mesmo” (Fp 2.3).

8. “... no trato de uns com os outros, cingi-vos todos de humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo, aos humildes concede a sua graça” (1Pe 5.5).

3 – Medite na pastoral “O Pastor Aprovado” – Richard Baxter (1615-1691).

A necessidade de humilhar-nos a nós mesmos constitui o âmago do evangelho. A obra da graça só é iniciada e sustentada pelo exercício da humildade. É parte essencial da nova criatura. É contradição ser nascido de Deus, nascido do Espírito, ser um verdadeiro cristão e não ser “humilde de espírito”.

Todo aquele que pretende ser discípulo de Cristo, deve vir a Ele para aprender. E a primeira lição é esta: “Seja humilde de espírito”.

Quantos preceitos e quantos exemplos admiráveis o nosso Mestre nos deu com este propósito. Podemos imaginar outra coisa que não seja a humildade quando o vemos deliberadamente lavando os pés dos seus discípulos? (Jo 13.12-17).

Do que nos orgulhamos? Dos nossos corpos? Não são eles como os dos animais que voltam ao pó da terra?

Orgulhamo-nos das nossas graças ou bênçãos recebidas? Ora, quanto mais nos orgulhamos delas, menos orgulhosos devemos ser.

Orgulhamo-nos da nossa cultura, do nosso conhecimento?  Nós devemos compreender que, se temos algum conhecimento, deveria humilhar-nos o fato de sabermos tão pouco. E, se sabemos mais que outros, certamente temos maiores motivos para sermos mais humildes do que eles.

* Conclusão

Como líderes a nossa real ocupação deve consistir em ensinar ao nosso povo a lição da “humildade de espirito”; em mostrar como não nos fica bem orgulhar-nos de nós mesmos. Portanto, devemos estudar a humildade e ensiná-la, bem como possuí-la e praticá-la.

Um bom exemplo de humildade que podemos encontrar nas Escrituras está em José do Egito (Gn 37-50). A forma como ele tratou dos irmãos que agiram maldosamente contra ele; a consciência que ele teve das ações soberanas de Deus cuidando de tudo; e, que os dons que ele possuía eram dádivas do Senhor.

“Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes, a si mesmo se esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e, reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até à morte e morte de cruz” (Fp 2.5-8).

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-1115

quarta-feira, 27 de outubro de 2021

“OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO”


OS CINCO PONTOS DO CALVINISMO”

“As minhas ovelhas ouvem a minha voz; eu as conheço, e elas me seguem. Eu lhes dou a vida eterna; jamais perecerão, e ninguém as arrebatará da minha mão” (Jo 10.27,28).

1 – Depravação Total. O homem caído, totalmente afetado e escravizado pelo pecado, não possui capacidade de salvar a si mesmo, nem de crer no evangelho oferecido livremente. “Examinais as Escrituras, porque julgais ter nelas a vida eterna, e são elas mesmas que testificam de mim. Contudo, não quereis vir a mim para terdes vida” (Jo 5.39,40).

2 – Eleição Incondicional. As pessoas são salvas devido o fato de que Deus escolhe livre, soberana e incondicionalmente pecadores para serem redimidos por Cristo, trazidos à fé e, por fim, à glória. “Nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade” (Ef 1.5).

3 – Expiação Limitada. A obra redentora de Cristo visa à salvação dos eleitos, ou seja, Cristo salva realmente aqueles pelos quais Ele morreu. “O meu Servo, o Justo, com o seu conhecimento, justificará a muitos, porque as iniquidades deles levará sobre si” (Is 53.11).

4 – Graça Irresistível. O Espírito Santo nunca falha em seu objetivo de trazer à fé àqueles que Deus predestinou para a vida. Esse ponto é resultado inevitável dos três primeiros. Nossa depravação total necessita da graça irresistível. A eleição incondicional é o seu ancoradouro. A expiação limitada é a sua verdade correspondente, pois se a graça salvadora fosse resistível, Cristo teria morrido em vão por muitos. “Não há quem lhe possa deter a mão, nem lhe dizer: Que fazes?” (Dn 4.35).

5 – Perseverança dos Santos. Todos que participam da graça e do poder salvífico da união com Cristo, pela fé, continuam nessa união com seus frutos e benefícios. Por meio da obra perseverante do Deus trino, os salvos permanecem na fé verdadeira e nas obras que procedem da fé enquanto estiverem neste mundo. Se pelo Espírito você é regenerado, justificado e santificado em Cristo, você não pode cair deste estado finalmente. “Porei dentro de vós o meu Espírito e farei que andeis nos meus estatutos, guardeis os meus juízos e os observeis” (Ez 36.27).

Deus nos abençoe!

Pr. Joel Beeke

*Vivendo para a glória de Deus: Uma Introdução à Fé Reformada, Ed. Fiel

*Visite a Igreja Presbiteriana do Brasil no bairro Fazendinha/Curitiba.
Rua Elias Karan, 150.
(41)3239-2123

quarta-feira, 20 de outubro de 2021

“ESCOLHIDOS DESDE O PRINCÍPIO”


“ESCOLHIDOS DESDE O PRINCÍPIO”

“Entretanto, devemos dar graças a Deus por vós, irmãos amados pelo Senhor, porque Deus vos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade” (2Ts 2.13).

Deus nos escolheu desde o princípio para a salvação, pela santificação do Espírito e fé na verdade, para o louvor da glória de sua graça; bem como os meios e condições para isso. “Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos tem abençoado com toda sorte de bênção espiritual nas regiões celestiais em Cristo, assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele..., segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça” (Ef 1.3,4,6).

Devemos a nossa eleição exclusivamente ao nosso bondoso e gracioso Deus, que “nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo..., no qual também fomos feitos herança, havendo sido predestinados conforme o propósito daquele que faz todas as coisas segundo o conselho de sua vontade” (Ef 1.5,11).

A doutrina calvinista conhecida como “Eleição Incondicional” ensina que essa escolha não está condicionada a alguma coisa prevista ou executada pelo homem. Que as ações humanas atendendo ao chamado do Espírito, que o arrependimento e a fé, que a justificação e demais graças que a acompanham são meios preordenados por Deus e operadas no tempo devido, indicando a condição dos escolhidos em Cristo, guardados por seu poder, para a salvação e louvor da sua glória (1Pe 1.5).

“Visto que Deus designou os eleitos para a glória, assim ele, pelo eterno e mui livre propósito de sua vontade, preordenou todos os meios para se alcançar esse fim; os que, portanto, são eleitos, achando-se caídos em Adão, são remidos por Cristo; são eficazmente chamados para a fé em Cristo pelo seu Espírito, que opera no tempo devido; são justificados, adotados, santificados e guardados por seu poder mediante a fé para a salvação. Além dos eleitos não há nenhum outro que seja remido por Cristo, eficazmente chamado, justificado, adotado, santificado e salvo” (CFW.III.vi).

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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segunda-feira, 18 de outubro de 2021

ELEIÇÃO INCONDICIONAL

 

ELEIÇÃO INCONDICIONAL

“Deus nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9).

Os cristãos calvinistas ensinam que a doutrina da “Eleição Incondicional” é imutável, condicionada a livre graça e ao amor pessoal de Deus, segundo o conselho secreto da sua vontade. Que as boas obras são frutos da eleição, e consequentemente não podem ser suas condições. “Assim como nos escolheu, nele, antes da fundação do mundo, para sermos santos e irrepreensíveis perante ele”. “Pois somos feitura dele, criados em Cristo Jesus para boas obras, as quais Deus de antemão preparou para que andássemos nelas” (Ef 1.4; 2.10).

A Confissão de Fé de Westminster (1643-1646), expressamente sustenta que antes da fundação do mundo, o eterno, soberano, imutável e incondicional decreto eletivo de Deus determina que da humanidade caída, certos indivíduos alcançarão a vida e a glória eterna; que este decreto repousa na graça soberana e no amor pessoal de Deus, segundo o secreto conselho da sua vontade, tendo como fim ou motivo último na eleição, o louvor de sua gloriosa graça (Ef 1.6).

“Aqueles dentre a humanidade que são predestinados para a vida, Deus, antes que fossem lançados os fundamentos do mundo, segundo seu eterno e imutável propósito, e o secreto conselho e beneplácito de sua vontade, escolheu em Cristo para a glória eterna, de sua mera e livre graça e amor, sem qualquer previsão de fé ou de boa obras, ou de perseverança em qualquer um deles, ou qualquer outra coisa na criatura, como condições ou causas que a isso o movessem; e tudo para o louvor de sua gloriosa graça” (CFW.III.v).

Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, que nos predestinou para ele, para a adoção de filhos, por meio de Jesus Cristo, segundo o beneplácito de sua vontade, para louvor da glória de sua graça, que ele nos concedeu gratuitamente no Amado, no qual temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da sua graça” (Ef 1.3,5-7).

Deus nos abençoe!

Pr. José Rodrigues Filho

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terça-feira, 12 de outubro de 2021

“PIEDOSOS E PERSEGUIDOS”


“PIEDOSOS E PERSEGUIDOS”

“Ora, todos quantos querem viver piedosamente em Cristo Jesus serão perseguidos” (2Tm 3.12).

A lembrança de suas próprias perseguições leva o apóstolo Paulo a acrescentar que tudo quanto lhe acontecera também se dará com todas as pessoas piedosas. Ele acrescenta isso para que os crentes se predispusessem a aceitar tal situação, e em parte para que as pessoas bondosas não se afastassem dele movidas pela dúvida em virtude de suas perseguições, as quais recebiam das mãos dos ímpios, pois às vezes sucede que acontecimentos adversos suscitam críticas adversas. Se porventura alguém cai no desfavor humano, imediatamente corre o rumor de que o mesmo é odiado por Deus. Com esta afirmação geral, Paulo declara que ele é um entre os filhos de Deus, e ao mesmo tempo adverte seus irmãos a suportarem as perseguições.

É plenamente natural que o mundo odeie a Cristo, mesmo em seus membros. E já que a crueldade acompanha o ódio, daí surgem as perseguições. É essencial que reconheçamos o fato de que, se somos cristãos, devemos nos preparar para muitas tribulações e lutas de diferentes tipos.

Mas pode-se perguntar se todos devem, então, ser mártires. É evidente que têm havido muitos servos de Cristo que jamais sofreram desterro, nem prisão, nem qualquer outro gênero de perseguição. Nossa resposta é que Satanás possui mais de um método de perseguição aos piedosos. Mas é absolutamente necessário que todos eles suportem as hostilidades do Maligno, a fim de que sua fé se exercite e sua perseverança se comprove. Satanás, que é o perpétuo inimigo de Cristo, jamais deixará que o piedoso viva sua vida sem perturbação, e haverá sempre pessoas perversas a nos perseguir. De fato, tão pronto um crente mostre sinais de zelo por Deus, a ira dos ímpios se acende e, mesmo que não tenham suas espadas desembainhadas, arrojam seu veneno, ou criticando, ou caluniando, ou provocando inquietação, ou agitação da alma. Portanto, ainda que não sofram os mesmos ataques e não se envolvam nas mesmas batalhas, os piedosos em Cristo têm uma só guerra em comum e jamais viverão totalmente em paz nem isentos de perseguições.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564). 

*Pastorais - Edições Paracletos.

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