"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



quinta-feira, 21 de setembro de 2023

“A EXCELÊNCIA DO AMOR” - Parte II


“A EXCELÊNCIA DO AMOR” - Parte II

“O amor não se comporta inconvenientemente, não busca seus interesses, não se sente provocado, não suspeita do mal; não se regozija com a injustiça, mas se alegra com a verdade” (1Co 13.5,6).

O apóstolo Paulo, então, nos leva a descobrir quão excelente é o amor, ao mostrar os seus efeitos ou os seus frutos. Entretanto, estas descrições não propõem simplesmente torná-lo atrativo, mas levar os coríntios a entenderem a forma como ele se expressa em ação e em sua natureza.

Não se comporta inconvenientemente. O amor não se deleita com fútil ostentação nem provoca grande espalhafato, mas sempre age de forma moderada e elegante. E assim Paulo uma vez mais se vê censurando os coríntios de maneira indireta, pois se portavam tão indecentemente e com tanto orgulho, que não revelavam qualquer escrúpulo em ignorar toda e qualquer cortesia.

Não busca seus interesses. Disto pode-se deduzir que o amor não é algo inato em nós, pois todos nós somos portadores de uma natural tendência de amar e de cuidar de nós mesmos, buscando só o que nos interessa. O amor é o único antídoto que cura essa tendência tão pervertida, pois ele nos faz ignorar nossas próprias circunstâncias e preocupar-nos realmente com a sorte de nosso próximo, amando e cuidando dele. Além disso, “buscar as próprias coisas de alguém” é viver devotadamente para ele e sentir-se completamente feliz em ajudá-lo a cuidar do interesse dele. A questão se é lícito que o cristão se preocupe com seu próprio bem-estar é solucionada por esta definição. Porque Paulo não pretende que deixemos de preocupar-nos e de cuidar de nossos próprios negócios; senão que condena o excessivo cuidado e ansiedade pelos mesmos, o que nasce do amor excessivamente cego por nós mesmos. Mas tal excesso consiste em negligenciarmos os outros e pensarmos demais em nós mesmos, ou vivermos tão concentrados em nossos interesses que nos abstraímos da consideração que Deus nos manda ter para com o nosso próximo.

O apóstolo Paulo acrescenta que o amor é também um freio que impede as disputas, pois aquele que é cortês e tolerante não explode em ira repentina e nem se lança precipitadamente em controvérsias e contendas.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário. 

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