"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



segunda-feira, 20 de novembro de 2023

“A FIGUEIRA MURCHA” - Conclusão

 

“A FIGUEIRA MURCHA” - Conclusão (Mt 21.17-20)

Sugiro que todas as pessoas aqui presentes clamem ao Senhor para nos tornar conscientes da nossa esterilidade natural. Amados irmãos, que o Senhor nos leve a lamentar nossa esterilidade, mesmo quando trazemos alguns frutos. Sentirem-se bem satisfeitos consigo mesmos é perigoso: julgarem-se santos, e até mesmo perfeitos, é ficar à beira da fossa do orgulho. Se vocês erguerem a cabeça tão alta, temo que vão batê-la contra a verga da porta. Se andarem sobre pernas de pau, temo que cairão. É muito mais seguro sentir: "Senhor, realmente sirvo a Ti, e não sou enganador. Amo-te realmente; Tu tens operado em mim as obras do Espírito. Mas ai de mim! Não sou o que quero ser, não sou o que devo ser. Aspiro à santidade; ajuda-me a alcançá-la. Senhor, devo ficar deitado no próprio pó diante de Ti quando penso que, depois de ter recebido o trabalho da escavação e da adubação, produzo tão poucos frutos. Sinto que sou menos do que nada. Meu clamor é: "Deus tem misericórdia de mim". Se eu tivesse feito tudo, ainda seria um servo de pouco proveito; mas tendo feito tão pouco, Senhor, onde esconderei a minha cabeça culpada?"

Finalmente, depois de terem feito essa confissão, e o bom Senhor ter ouvido, há um símbolo nas Escrituras que eu gostaria que vocês copiassem. Imaginemos que nesta manhã vocês se sintam tão secos, mortos e infrutíferos, que não podem servir a Deus como gostariam de fazer, nem sequer orar pedindo mais graça, conforme desejam. Então, estão como doze varas. Estão muito mortas e secas, porque ficaram sempre nas mãos de doze chefes, que as usaram como cetros do seu cargo oficial. Essas doze varas devem ser colocadas diante do Senhor. Esta aqui é a de Arão; mas está tão morta e seca como qualquer das demais. Todas as doze são colocadas onde o Senhor habita. Vemo-las no dia seguinte. Onze delas continuam a ser varas secas; mas vejam essa vara de Arão! O que aconteceu? Era seca como a morte. Mas vejam, brotou! Isto é maravilhoso! Mas olhem, floresceu! Há nela flores de amendoeira. São cor-de-rosa e brancas. É uma maravilha! Mas olhem de novo: produziu amêndoas! Aqui estão! Vejam estes frutos verdes, que parecem pêssegos. Tirem a parte carnuda, e aqui está uma amêndoa cuja casca vocês podem quebrar para achar a noz. O poder celestial veio sobre a vara seca, e brotou, e floresceu, e até mesmo produziu amêndoas. Frutificar é a prova da vida e do favor. Senhor, tome essas pobres varas hoje, e faça- as brotar. Senhor, aqui estamos, num feixe, realize aquele milagre antigo em mil de nós. Faça-nos brotar, florescer, e frutificar! Vem com poder divino, e transforma esta congregação de gavela em pomar. Quem dera que nosso bendito Senhor obtivesse um figo dalguma vara seca nesta manhã! — pelo menos um figo tal como este: "Deus tem misericórdia de mim, pecador!" Há doçura nessa oração. Nosso Senhor Jesus gosta do sabor de um figo tal como este: "Senhor, creio! Ajuda a minha falta de fé!" Aqui está outro: "Ainda que ele me mate, nele esperarei" — é uma cestada de figos temporãos, e o Senhor Se regozija na sua doçura. Vem, Espírito Santo, produza frutos em nós hoje, mediante a fé em Jesus Cristo, nosso Senhor! 

Amém e Amém!

C.H.Spurgeon (1834-1892).

*Parte conclusiva do sermão pregado por C.H.Spurgeon em 29/09/1889.

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário. 

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