“A FIGUEIRA MURCHA” - parte do segundo e terceiro ponto
“Cedo de manhã, ao voltar para a cidade, teve
fome; e, vendo uma figueira à beira do caminho, aproximou-se dela; e, não tendo
achado senão folhas, disse-lhe: Nunca mais nasça fruto de ti! E a figueira
secou imediatamente. Vendo isto os discípulos, admiraram-se e exclamaram: Como
secou depressa a figueira!” (Mt 21.17-20).
II. Já é hora de nos lembrarmos da verdade solene do nosso segundo ponto: Essas pessoas serão inspecionadas pelo Rei Jesus.
Ele Se aproximará delas, e quando chegar a elas, procurará fruto. Ele
perscruta totalmente o nosso caráter, para ver se há alguma fé genuína, algum
amor verdadeiro, alguma esperança viva, algum gozo que seja fruto do Espírito
Santo, alguma paciência, alguma abnegação, algum fervor na oração, algum andar
com Deus, alguma habitação do Espírito Santo; e se Ele não vir tais coisas, não
ficará satisfeito com a frequência à igreja, às reuniões de oração, às santas
ceias, às leituras bíblicas, aos sermões, porquanto todas essas coisas podem não
passar de folhagem. Se nosso Senhor não vir em nós o fruto do Espírito, não
ficará satisfeito conosco, e Sua inspeção levará a medidas severas. Notem que o
que Jesus está procurando não são suas palavras, suas resoluções, suas
alegações, mas sua sinceridade, sua fé interior, suas pessoas sendo realmente
trabalhadas pelo Espírito de Deus para produzirem frutos dignos do Seu reino.
Nosso Senhor tem o direito de esperar fruto quando Ele vem procurá-lo. Como
cristãos, confessamos que somos redimidos dentre os homens, e que fomos
libertos desta geração perversa. Cristo talvez não espere fruto provindo dos
homens que reconhecem o mundo e suas épocas mutáveis como sua orientação
suprema; mas certamente pode esperar fruto daquele que crê na Sua própria
Palavra.
III. Agora, em terceiro lugar, pela ajuda do
Espírito de Deus, quero considerar a verdade de que o resultado da vinda de
Cristo será muito terrível para quem fez uma profissão precoce - porém
infrutífera.
Onde poderia ter esperado achar fruto, aquele
que procurou não achou nada senão folhas. Nada senão folhas significa nada
senão mentiras. Seria essa uma expressão severa? Se eu professo a fé, sem a
possuir, não se trata de uma mentira? Se eu professo o arrependimento, sem
ter-me arrependido, não se trata de uma mentira? Se eu me reúno com o povo do
Deus vivo, sem ter o temor a Deus no meu coração, não se trata de uma mentira?
Se eu venho à mesa da comunhão, e participo do pão e do vinho, porém nunca
discirno o corpo do Senhor, não se trata de uma mentira? Se eu professo que
defendo as doutrinas da graça, mas não tenho a certeza da veracidade delas, não
se trata de uma mentira? Se nunca senti minha própria depravação, se nunca fui
chamado de modo eficaz, se nunca conheci minha eleição por Deus, se nunca descansei
no sangue remidor, e se nunca fui renovado pelo Espírito, minha defesa das
doutrinas da graça não seria uma mentira? Se não há nada senão folhas, não há
nada senão mentiras, e o Salvador percebe que a situação é assim.
Deus nos abençoe!
C.H.Spurgeon (1834-1892).
*Parte do segundo e terceiro ponto do
sermão “A Figueira Murcha”, por C.H.Spurgeon em 29/09/1889.
Duro é esse discurso, que o pode suportar?
ResponderExcluirQue a verdade de Cristo seja, no poder do Espírito Santo, encontrada em nós.
Como precisamos meditar sobre isso e verdadeiramente praticarmos a verdade do Evangelho, que É JESUS CRISTO.
SENHOR, me ajude!