“AMOR POR CRISTO E ALEGRIA EM CRISTO”
"Nisso
exultais, embora, no presente, por breve tempo, se necessário, sejais
contristados por várias provações, para que, uma vez confirmado o valor da
vossa fé, muito mais preciosa do que o ouro perecível, mesmo apurado por fogo,
redunde em louvor, glória e honra na revelação de Jesus Cristo; a quem, não
havendo visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com
alegria indizível e cheia de glória" (1Pedro 1.6-8).
O apóstolo
Pedro diz, sobre a relação entre cristãos e Cristo: "a quem, não havendo
visto, amais; no qual, não vendo agora, mas crendo, exultais com alegria
indizível e cheia de glória" (1Ped. 1:8). Como os versículos anteriores
deixam claro, os crentes a quem Pedro escreveu sofriam perseguição. Aqui, ele
observa como seu cristianismo os afetou durante essas perseguições. Ele
menciona dois sinais claros da autenticidade de seu cristianismo.
(i) - Amor
por Cristo. "A quem, não havendo visto, amais." Os que não eram
cristãos maravilhavam-se da prontidão dos cristãos em se expor a tais
sofrimentos, renunciando às alegrias e confortos deste mundo. Para seus vizinhos
incrédulos, estes cristãos pareciam loucos; pareciam agir como se detestassem a
si mesmos. Os incrédulos não viam nenhuma fonte de inspiração para tal
sofrimento. De fato, os cristãos não viam coisa alguma com seus olhos físicos.
Amavam alguém a quem não podiam ver! Amavam a Jesus Cristo, pois viam-nO espiritualmente,
mesmo sem poder vê-lO fisicamente.
(ii) - Alegria
em Cristo. Embora seu sofrimento exterior fosse terrível, suas alegrias
espirituais internas eram maiores que seus sofrimentos. Essas alegrias os
fortaleciam, possibilitando que sofressem alegremente.
Pedro nota
duas coisas sobre essa alegria. Primeiro, ele nos fala da origem dela. Ela
resultou da fé. "Não vendo agora, mas crendo, exultais."
Segundo, ele
descreve a natureza dessa alegria: "alegria indizível e cheia de
glória." Era alegria indizível, por ser tão diferente das alegrias do mundo.
Era pura e celeste; não havia palavras para descrever sua excelência e doçura.
Era também inexprimível quanto à sua extensão, pois Deus havia derramado tão
livremente essa alegria sobre Seu povo sofredor. Depois, Pedro descreve essa
alegria como sendo "cheia de glória". Essa alegria enchia as mentes
dos cristãos, ao que parecia, com um brilho glorioso. Não corrompia a mente,
como fazem muitas alegrias mundanas; pelo contrário, deu-lhe glória e
dignidade. Os cristãos sofredores partilhavam das alegrias celestes. Essa
alegria enchia suas mentes com a luz da glória de Deus, fazendo-os brilhar com
aquela glória. A doutrina que Pedro nos está ensinando é a seguinte: A religião
verdadeira consiste principalmente em emoções santas. Pedro destaca as emoções
espirituais de amor e alegria quando descreve a experiência desses cristãos.
Lembrem-se que ele está falando sobre fiéis que estavam sendo perseguidos. Seu
sofrimento purificava sua fé, resultando em que "redunde em louvor, glória
e honra na revelação de Jesus Cristo" (1Pe 1:7). Estavam, assim, em
condição espiritualmente saudável, e Pedro ressalta seu amor e alegria como
evidência de sua saúde espiritual.
Deus nos
abençoe!
Jonathan Edwards (1703-1758).
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