“O PODER SACERDOTAL DE PERDOAR PECADOS”
"Mas alguns dos escribas estavam assentados ali e arrazoavam em seu coração: Por que fala ele deste modo? Isto é blasfêmia! Quem pode perdoar pecados, senão um, que é Deus? E Jesus, percebendo logo por seu espírito que eles assim arrazoavam, disse-lhes: Por que arrazoais sobre estas coisas em vosso coração? Qual é mais fácil? Dizer ao paralítico: Estão perdoados os teus pecados, ou dizer: Levanta-te, toma o teu leito e anda? Ora, para que saibais que o Filho do Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados — disse ao paralítico: Eu te mando: Levanta-te, toma o teu leito e vai para tua casa. Então, ele se levantou e, no mesmo instante, tomando o leito, retirou-se à vista de todos, a ponto de se admirarem todos e darem glória a Deus, dizendo: Jamais vimos coisa assim!" (Mc 2.6-12).
Consideremos nestes
versículos, o poder sacerdotal de perdoar
pecados, que possui nosso Senhor Jesus Cristo. Lemos que nosso Senhor
disse ao paralítico: “Filho, os teus pecados estão perdoados”. Jesus proferiu
essas palavras com um propósito. Ele conhecia os corações dos escribas ao seu
redor. Ele tencionava mostrar-lhes que tinha o direito de ser o verdadeiro Sumo
Sacerdote, que tinha o poder de perdoar pecadores, embora, até o momento,
raramente tivesse apresentado essa reivindicação. Ele tinha o poder e
declarou-lhes isso claramente. Ele disse: “Para que saibais que o Filho do
Homem tem sobre a terra autoridade para perdoar pecados”. Ao dizer: “Filho, os
teus pecados estão perdoados”, Cristo estava tão-somente exercendo seu legítimo
ofício.
Consideremos,
agora, quão grande deve ser a autoridade dAquele que tem o poder de perdoar
pecados! Isso é algo que ninguém mais pode fazer, exceto Deus. Nenhum anjo nos
céus, nenhum homem sobre a terra, nenhuma igreja em Concílio, nenhum ministro
de qualquer denominação cristã pode tirar, da consciência de um pecador, a
carga da culpa, outorgando-lhe paz com Deus. Tão-somente podem apontar para a
fonte aberta para a purificação de todo pecado. Podem apenas declarar, com
autoridade, que Deus está disposto a perdoar pecados. Porém, eles não podem
perdoar pecados por sua própria autoridade. Eles não podem remover as
transgressões de quem quer que seja. Essa é uma prerrogativa peculiar de Deus,
uma prerrogativa posta nas mãos de seu Filho, Cristo Jesus.
Pensemos, por
alguns instantes, sobre quão grande é a bênção de ser Jesus nosso grande Sumo
Sacerdote e que, por isso, sabemos onde buscar a absolvição! Precisamos de um
sacerdote e de um sacrifício que se interponha entre nós e Deus. Nossa
consciência exige expiação por nossos inúmeros pecados. A santidade de Deus,
por sua vez, torna isso uma necessidade absoluta. Sem um sacerdote que faça
expiação, não pode haver paz no coração. Jesus Cristo é o Sacerdote que
precisamos, poderoso para perdoar e absolver, dotado de um terno coração e
sempre disposto a salvar.
Portanto,
indaguemos a nós mesmos se já conhecemos ao Senhor Jesus como o nosso Sumo
Sacerdote. Já apelamos para Ele? Já buscamos nEle a absolvição? Caso contrário,
continuamos em nossos pecados. Não descansemos enquanto o Espírito de Deus não testificar,
junto ao nosso espírito, que nos temos assentado aos pés de Cristo Jesus, que
já ouvimos sua voz dizer-nos: “Filho, os teus pecados estão perdoados”.
Deus nos
abençoe!
J.C.Ryle
(1816-1900).
Amém!!! Glorificado seja nosso Senhor Jesus Cristo, nosso bendito Sumo- Sacerdote!
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