“EMOÇÕES E NOSSOS DEVERES RELIGIOSOS”
"Vinde,
cantemos ao SENHOR, com júbilo, celebremos o Rochedo da nossa salvação. Saiamos
ao seu encontro, com ações de graças, vitoriemo-lo com salmos. Porque o SENHOR
é o Deus supremo e o grande Rei acima de todos os deuses” (Sl 95.1-3).
A importância
das emoções espirituais podem ser vistas a partir dos deveres que Deus designou
como expressões de culto.
Oração - Declaramos em oração as perfeições de Deus, Sua majestade,
santidade, bondade e absoluta suficiência, nosso próprio vácuo e desmerecimento,
nossas necessidades e desejos. Mas, por quê? Não para informar a Deus dessas
coisas, pois Ele já as conhece, e certamente não para mudar Seus propósitos e persuadi-lo
que deveria nos abençoar. Não, declaramos, porém estas coisas para mover e
influenciar nossos próprios corações, e dessa forma nos preparamos para receber
as bênçãos que pedimos.
Louvor - O dever de cantarmos louvores a Deus parece não ter outro propósito
que o de excitar e expressar emoções espirituais. Podemos encontrar somente uma
razão para que Deus ordenasse que nos manifestássemos a Ele tanto em poesia
como em prosa, e em cântico como pela fala. A razão é esta: quando a verdade
divina é expressa em poemas e cânticos, tem uma tendência maior a se imprimir
em nós e mover nossas emoções.
Batismo e a Ceia do Senhor - O mesmo é verdadeiro com
relação ao batismo e à Ceia do Senhor. Por natureza, as coisas físicas e
visíveis nos influenciam muito. Assim, Deus não somente ordenou que ouvíssemos
o evangelho contido em Sua Palavra, mas também que víssemos o evangelho exposto
diante de nossos olhos em símbolos visíveis, de modo a nos influenciar ainda
mais. Essas demonstrações visíveis do evangelho são o Batismo e a Ceia do
Senhor.
Pregação - Uma grande razão porque Deus ordenou a pregação na Igreja é
para gravar as verdades divinas em nossos corações e emoções. Não é suficiente
que tenhamos bons comentários e livros de teologia. Estes podem iluminar nossa
compreensão, porém não têm o mesmo poder que a pregação para mover nossas
vontades. Deus usa a energia da palavra falada para aplicar Sua verdade aos
nossos corações de forma mais particular e viva.
Deus nos
abençoe!
Jonathan Edwards (1703-1758).
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