“O RICO E O POBRE LÁZARO” – Parte I
“Ora, havia certo homem rico que se vestia de púrpura e de linho finíssimo e que, todos os dias, se regalava esplendidamente. Havia também certo mendigo, chamado Lázaro, coberto de chagas, que jazia à porta daquele” (Lc 16.19,20).
Em um aspecto,
esta parábola é singular nas Escrituras. É a única passagem da Bíblia que
descreve a experiência do incrédulo após a morte. Por essa razão, assim como as
demais, a parábola merece atenção especial.
Primeiramente,
aprendemos que a condição de um homem neste mundo não é uma prova de seu estado
aos olhos de Deus. O Senhor Jesus descreveu a condição desses dois homens. Um deles era muito rico; o outro, muito pobre. O rico, “todos os dias,
se regalava esplendidamente”. O pobre era um “mendigo” que não tinha qualquer
possessão. No entanto, o pobre possuía a graça de Deus, vivia pela fé e andava
nas pisadas de Abraão. O rico era mundano, egoísta, estava morto em ofensas e
pecados.
Nunca
aceitemos a ideia de que os homens devem ser avaliados de acordo com a sua
situação financeira e de que aquela pessoa que possui mais dinheiro deve
receber a mais elevada consideração. Não existe na Bíblia qualquer fundamento
para essa ideia. O ensino geral das Escrituras claramente se opõe. “Não foram
chamados muitos sábios segundo a carne, nem muitos poderosos, nem muitos de
nobre nascimento (1Co 1.26). “Não se glorie o sábio na sua sabedoria, nem o
forte na sua força, nem o rico, nas suas riquezas; mas o que se gloriar, glorie-se
nisto: em me conhecer e saber que eu sou o SENHOR” (Jr 9.23,24). Riqueza não é
uma indicação do favor de Deus, assim como a pobreza não é uma evidência do seu
desprazer. Aqueles que Ele justifica e glorifica raramente possuem riquezas
neste mundo. Se desejamos avaliar os homens da mesma maneira como Deus avalia,
temos de fazê-lo de acordo com a graça que possuem.
Deus nos abençoe!
J.C.Ryle
(1816-1900).
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