“VINDE APÓS MIM, E EU VOS FAREI PESCADORES DE HOMENS”
“Caminhando junto ao mar da Galileia, viu
dois irmãos, Simão, chamado Pedro, e André, que lançavam as redes ao mar,
porque eram pescadores. E
disse-lhes: Vinde após mim, e eu vos farei pescadores de
homens. Então, eles deixaram imediatamente as redes e o
seguiram. Passando adiante, viu outros dois irmãos, Tiago, filho de
Zebedeu, e João, seu irmão, que estavam no barco em companhia de seu pai, consertando
as redes; e chamou-os. Então, eles, no mesmo instante, deixando o barco e
seu pai, o seguiram” (Mt 4.18-22).
Devemos observar a classe de homens a quem
o Senhor Jesus escolheu para serem seus discípulos. Eles pertenciam às camadas
mais pobres e humildes da sociedade. Pedro, André, Tiago e João eram todos
“pescadores”. A religião de nosso Senhor Jesus Cristo não visava somente aos
ricos e cultos; destinava-se ao mundo todo, e a maior parte da humanidade
sempre será pobre. A pobreza e a ignorância literária excluíam milhares de
pessoas da atenção dos orgulhosos filósofos do mundo pagão. Mas isso não impede
a ninguém de ocupar mesmo os mais altos escalões do ministério cristão. Um
certo homem é humilde? Ele sente o peso dos seus pecados? Ele está disposto a
ouvir a voz de Cristo e segui-Lo? Nesse caso, ele pode ser o mais pobre dos
pobres, mas no reino dos céus haverá de ocupar uma posição tão importante
quanto qualquer outra pessoa. O intelecto e o dinheiro de nada valem, sem a
graça de Deus.
A religião de Cristo deve ter tido a sua
origem no céu. Do contrário, nunca teria prosperado e se propagado por toda a
terra, conforme tem sucedido. É inútil aos incrédulos tentarem dar resposta a
esse argumento. Ele não pode ser contestado. Uma religião que não lisonjeia aos
ricos, aos grandes e aos bem instruídos, uma religião cujos primeiros mestres
foram pobres pescadores, destituídos de riquezas materiais, posição social ou
poder, uma religião como essa jamais teria transtornado o mundo, se não
procedesse de Deus. Por um lado, contemplamos os imperadores romanos e os
sacerdotes do paganismo, com os seus esplêndidos santuários! Por outro lado,
vemos alguns poucos trabalhadores braçais, cristãos, sem grande instrução
formal, mas anunciando o evangelho! Acaso, já houve outros dois grupos tão
diferentes um do outro? Os que eram fracos mostraram-se fortes; e os que eram
fortes mostraram-se fracos. O paganismo ruiu, e o cristianismo tomou o seu
lugar. Portanto, o cristianismo deve proceder de Deus.
Deus nos abençoe!
J.C.Ryle (1816-1900).
Nenhum comentário:
Postar um comentário