"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



sábado, 28 de dezembro de 2024

“CHEIOS DO FRUTO DE JUSTIÇA”


“CHEIOS DO FRUTO DE JUSTIÇA”

“Cheios do fruto de justiça, o qual é mediante Jesus Cristo, para a glória e louvor de Deus.” (Fp 1.11).

Cheios do fruto de justiça. Isto pertence agora à vida exterior, pois uma boa consciência produz seus frutos por meio de obras. Daí Paulo desejar que fossem frutíferos em boas obras para a glória de Deus. Tais frutos, diz ele, provêm de Cristo, porque emanam da graça de Cristo. Pois o princípio de nossas boas obras está na santificação oriunda de seu Espírito, porquanto ele repousou sobre [Cristo], para que todos recebamos de sua plenitude [Jo 1.16]. E, como Paulo aqui deriva das árvores uma similitude, somos oliveiras silvestres [Rm 11.24], e improdutivas, até que sejamos enxertados em Cristo, o qual, por sua raiz viva, nos faz árvores produtivas, em conformidade com aquele dito: “Eu sou a videira, vós os ramos” [Jo 15.1]. Ao mesmo tempo, ele mostra o propósito: para que promovamos a glória de Deus. Pois nenhuma vida é tão excelente em aparência que não seja corrompida e ofensiva aos olhos de Deus, se não for direcionada para este objetivo.

O apóstolo Paulo aqui fala de obras sob o termo justiça, a qual de modo algum é inconsistente com a justiça gratuita da fé. Pois imediatamente se segue que há justiça onde quer que haja os frutos da justiça, visto não haver justiça aos olhos de Deus, a menos que haja uma plena e completa obediência à lei, a qual não é encontrada em nenhum dos santos, ainda que, não obstante, produzam, em conformidade com sua medida, os bons e deleitosos frutos da justiça; e é por esta razão que, quando Deus começa a justiça em nós, mediante a regeneração do Espírito, o que fica faltando é amplamente suprido pela remissão dos pecados, de maneira tal que toda a justiça, não obstante, dependa da fé.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário. 


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