"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



segunda-feira, 31 de março de 2025

“DARDOS INFLAMADOS DO MALIGNO”

“DARDOS INFLAMADOS DO MALIGNO”

“Então, perguntou Zacarias ao anjo: Como saberei isto? Pois eu sou velho, e minha mulher, avançada em dias. Respondeu-lhe o anjo: Eu sou Gabriel, que assisto diante de Deus, e fui enviado para falar-te e trazer-te estas boas-novas. Todavia, ficarás mudo e não poderás falar até ao dia em que estas coisas venham a realizar-se; porquanto não acreditaste nas minhas palavras, as quais, a seu tempo, se cumprirão” (Lc 1.18-20).

Incredulidade é um estado, atitude, tendência encontrada em pessoas que não se convencem com facilidade ou não acreditam facilmente na verdade (Lc 1.5-20; Jo 20.27).

Observemos o caso de Zacarias, para ele a palavra dita pelo anjo pareceu impossível. Não lhe parecia possível que um homem idoso como ele pudesse ser pai. Por isso, questionou o anjo do Senhor: “Como saberei isto? Pois eu sou velho, e minha mulher, avançada em dias” (Lc 1.18).

Zacarias era sacerdote, instruído em todos os preceitos do Senhor, conhecedor dos grandes e poderosos feitos de Deus, familiarizado com as Escrituras do Velho Testamento. Portanto, era de esperar dele que lembrasse do nascimento miraculoso de Isaque (Gn 21.1-7); de Sansão (Jz 13.1-25); de Samuel (1Sm 1.9-20). Que lembrasse das ocasiões em que o anjo do Senhor esteve com Daniel na cova dos leões (Dn 6.22); e com Sadraque, Mesaque e Abede-Nego na fornalha acesa (Dn 3.28). Que lembrasse do que Deus havia feito no passado e que poderia fazer novamente no presente, porque para Deus nada é impossível. Mas não foi isso que aconteceu. Mesmo diante do anjo do Senhor, Zacarias foi tomado pela incredulidade.

Este fato histórico deve nos conduzir ao que todos nós precisamos admitir: somos tendenciosos a  descrença, desconfiança, suspeita e esquecimento da palavra de Deus. Sim, de esquecer até mesmo os maiores portentos e maravilhas de Deus. Esta é uma situação em que o inimigo de nossas almas aproveita para lançar os dardos inflamados da dúvida, uma das armas preferidas de Satanás contra os servos de Deus. Trata-se de uma investida diabólica que tem atormentado os santos em todas as épocas, e dela não ficaremos imunes antes da “batalha final”.

Dê atenção ao que o apóstolo Paulo escreveu: “Quanto ao mais, sede fortalecidos no Senhor e na força do seu poder. Revesti-vos de toda a armadura de Deus, para poderdes ficar firmes contra as ciladas do diabo; porque a nossa luta não é contra o sangue e a carne, e sim contra os principados e potestades, contra os dominadores deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal, nas regiões celestes. Portanto, tomai toda a armadura de Deus, para que possais resistir no dia mau e, depois de terdes vencido tudo, permanecer inabaláveis. Estai, pois, firmes, cingindo-vos com a verdade e vestindo-vos da couraça da justiça. Calçai os pés com a preparação do evangelho da paz; embraçando sempre o escudo da fé, com o qual podereis apagar todos os dardos inflamados do Maligno” (Ef 6.10-16).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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“CRISTO JESUS, O NOSSO SUBSTITUTO”

“CRISTO JESUS, O NOSSO SUBSTITUTO”

“Assim, a escolta, o comandante e os guardas dos judeus prenderam Jesus, manietaram-no” (Jo 18.12).

Nos evangelhos temos narrativas em que nosso Senhor Jesus foi preso, levado como malfeitor, conduzido a presença de juízes ímpios, injustos; sendo insultado e tratado com desprezo. Sabemos que se o nosso Senhor Jesus tivesse desejado, imediatamente seria liberto. Precisaria apenas ordenar e seus inimigos cairiam por terra. Sem dúvida esse foi um momento em que Cristo Jesus experimentou intenso sofrimento.

Sofrer por quem amamos e, em algum aspecto, são dignos de nossas afeições é um tipo de sofrimento que podemos entender. Submeter-nos passivamente aos maus tratos, quando não temos poder para resistir-lhes, é uma atitude compreensiva. No entanto, ser preso e sofrer voluntariamente, quando temos o poder para impedi-lo, em favor de incrédulos, ímpios, ingratos, que não pediram tal coisa – esta é uma atitude que ultrapassa o entendimento humano. “Porque Cristo, quando nós ainda éramos fracos, morreu a seu tempo pelos ímpios” (Rm 5.6). “Mas Deus prova o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo nós ainda pecadores” (Rm 5.8).

Ao meditarmos na paixão e morte de Cristo, jamais nos esqueçamos que isto constitui a glória de seus sofrimentos: Ele foi levado preso e apresentado diante do tribunal de julgamento do sumo sacerdote, não porque era incapaz de impedi-lo, mas porque o Seu coração estava determinado a salvar pecadores, sendo punido no lugar deles. Cristo Jesus tornou-se um prisioneiro voluntário. Ele foi voluntariamente preso e condenado, para que fôssemos absolvidos, libertos, declarados justos e conduzidos a Deus. “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (1Pe 3.18). “Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus” (2Co 5.21).

A substituição voluntária de Cristo é uma doutrina que precisa ser ensinada com clareza, poder e graça. Cristo Jesus sofreu e morreu voluntariamente em nosso lugar, sem resistir. Ele sabia que viera para ser o nosso Substituto e, por meio dessa santa substituição, "remir-nos de toda iniquidade e purificar, para si mesmo, um povo exclusivamente seu, zeloso de boas obras" (Tt 2.14).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900). 

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domingo, 30 de março de 2025

ELINE BAKKER - GEEN AFSTAND (LIVE)

ELINE GAKKER - SEM DISTÂNCIA (AO VIVO)

Você não tem medo das minhas perguntas
Minhas dúvidas não te assustam
Você não recua ao ver meu fracasso
Lá na minha fraqueza eu vejo Sua força.

Você não fica surpreso quando eu tropeço
Não zangado ou desapontado
Você me levanta e me mostra sua bondade
Lá em seus braços encontro recuperação.

Você me alcança
Não há distância
Entre você e eu
Não há dúvida disso
Não há distância
Entre você e eu.

Você sempre me recebe de volta
Você limpa a sujeira que há em mim
Eu vejo compaixão em seus olhos
Eu ganho vida quando vejo seu sorriso.

Não mais sobrecarregado pela vergonha
Você me libertou
Agora eu permaneço em Sua palavra e promessas
Você é um Pai que nunca me abandona.

Deus nos abençoe!

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sábado, 29 de março de 2025

ELINE BAKKER - JEZUS OVERWINNAAR (LIVE)

ELINE BAKKER - JESUS VITORIOSO (AO VIVO)

Poderoso guerreiro que luta por nós
Você abre o caminho da vitória
Todo inimigo foge, toda fortaleza cai
Nome acima de todos os nomes, Senhor Supremo.

Seu domínio é para sempre
Seu trono é inabalável
O poder incomparável está em seu grande nome
Jesus, Vitorioso!

A escuridão ilumina por sua causa
O diabo foi derrotado por você
Morte, onde está o seu poder, para onde foi o teu aguilhão?
Jesus vive e eu viverei!

A criação se ajoelha com admiração
O céu se alegra pelo nosso Rei
E os poderes do inferno sabem quem governa:
Nome acima de todos os nomes, Senhor Supremo.

Deus nos abençoe!

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quinta-feira, 27 de março de 2025

domingo, 23 de março de 2025

“NÃO ANDEIS ANSIOSOS POR COISA ALGUMA”


“NÃO ANDEIS ANSIOSOS POR COISA ALGUMA”

“Não andeis ansiosos por coisa alguma; antes, em tudo sejam vossos pedidos conhecidos diante de Deus pela oração e súplica com ações de graças; e a paz de Deus, que excede todo o entendimento, guardará vossos corações e vossos pensamentos em Cristo Jesus” (Fp 4.6,7).

Com estas palavras, o apóstolo Paulo exorta os filipenses, como faz Pedro [1Pe 5.7], a “lançar sobre o Senhor toda ansiedade”. Porquanto nossa estrutura não é de ferro para que não possa ser abalada por provações. Mas esta é nossa consolação, este é nosso refrigério - depositar ou (para dizer com mais propriedade) descarregar no seio de Deus tudo o que nos afadiga. É verdade que a confiança produz tranquilidade em nossas mentes, mas só quando pomos em prática o exercício de orações. Portanto, sempre que formos atingidos por qualquer provação ou tentação, recorramos sem delonga à oração, como nosso santo abrigo.

Paulo aqui emprega o termo “pedido” para denotar desejos ou aspirações. Ele quer que se façamos estes conhecidos de Deus por meio da oração e súplica, como se os crentes derramassem seus corações diante de Deus, ao confiarem-lhe a si próprios e também tudo o que possuem. Com efeito, todos os que olham em várias direções em busca dos insignificantes confortos do mundo podem, até certo ponto, parecer aliviados; mas só existe um refúgio seguro - descansar no Senhor.

Com ações de graças. Quão repetidamente oramos a Deus erroneamente, saturados de queixas ou de murmurações, como se tivéssemos apenas motivo para acusá-lo, enquanto que em outras orações não toleramos demora, caso ele não satisfaça imediatamente nossos desejos. Paulo, por essa conta, anexa ações de graças às orações. É como se ele quisesse dizer que devemos desejar aquelas coisas que nos são necessárias da parte do Senhor de tal maneira que, não obstante, sujeitemos nossas aflições ao seu beneplácito e demos graças enquanto apresentamos nossas petições. E, inquestionavelmente, a gratidão terá sobre nós este efeito - que a vontade de Deus será a grande soma de nossos desejos.

E a paz de Deus. Temos aqui uma promessa em que o apóstolo realça a vantagem de uma sólida confiança em Deus e invocação a ele. “Se fizerdes isso”, diz ele, “a paz de Deus guardará vossas mentes e corações”. A Escritura costuma dividir a alma do homem, quanto às suas fragilidades, em duas partes: a mente e o coração. A mente significa o entendimento; enquanto que o coração denota todas as disposições ou inclinações. Estes dois termos, pois, incluem a totalidade da alma, neste sentido: “A paz de Deus vos guardará a ponto de impedir que volteis as costas para Deus com pensamentos ou desejos perversos.”

É com boa razão que Paulo chame isto de a paz de Deus, visto que ela não depende do presente aspecto das coisas nem pende conforme as várias oscilações do mundo, porém se fundamenta na sólida e imutável palavra de Deus. É sobre essas bases também que ele fala dela como algo que excede todo entendimento ou percepção, pois nada é mais estranho à mente humana do que, nas profundezas do desespero, não obstante exercitarmos o senso de esperança; nas profundezas da pobreza, vermos opulência; e nas profundezas da fraqueza, não nos permitirmos recuar; e, por fim, prometermos a nós mesmos que nada nos faltará, quando destituídos de todas as coisas, e tudo isto tão-somente na graça de Deus, a qual não se manifesta, senão através da palavra e da convicção interna do Espírito.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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sexta-feira, 21 de março de 2025

“ELE VOS DARÁ OUTRO CONSOLADOR”


“ELE VOS DARÁ OUTRO CONSOLADOR”

"E eu rogarei ao Pai, e ele vos dará outro Consolador, a fim de que esteja para sempre convosco, o Espírito da verdade, que o mundo não pode receber, porque não o vê, nem o conhece; vós o conheceis, porque ele habita convosco e estará em vós" (Jo 14.16,17).

Esta é a primeira vez que o Senhor Jesus menciona o Espírito Santo como uma dádiva especial ao seu povo. De fato, não precisamos supor que o Espírito Santo não habitava os santos do Antigo Testamento. No entanto, Ele foi dado com singular influência e poder aos crentes na dispensação do Novo Testamento; esta é a promessa especial que temos nesses versículos. Descobrimos o proveito desta verdade ao considerar em detalhes aquilo que o nosso Senhor afirmou sobre o Espírito Santo.

Ele se referiu ao Espírito Santo como uma pessoa, “outro Consolador”. Aplicar a uma mera influência ou sentimento inferior a linguagem utilizada por Jesus é uma maneira ilógica de entender suas palavras.

Ele o chamou de “Espírito da verdade”. Este é seu ofício particular: aplicar a verdade aos corações dos crentes, a fim de guiá-los a toda verdade e santificá-los por intermédio da verdade.

Ele disse que o Espírito Santo é alguém que “o mundo não pode receber... nem o conhece”. As atividades do Espírito Santo, no sentido mais amplo, são loucura para nos homens incrédulos. O arrependimento, a fé, o temor, a esperança e o amor, os quais Ele produz, são os aspectos da vida espiritual que o mundo não pode entender.

O nosso Senhor Jesus afirmou que o Espírito Santo habitaria para sempre nos crentes e seria conhecido por estes. Os verdadeiros crentes conhecem os sentimentos que o Espírito Santo motiva em seus corações e os frutos que Ele produz, embora não sejam capazes de explicar como Ele faz isso ou não percebem quando surgem pela primeira vez. Mas todos eles, se comparados às pessoas incrédulas, são novas criaturas, luzes e sal da terra, por serem habitados pelo Espírito Santo.

O nosso Senhor mostrou que o Espírito Santo é outorgado à “igreja dos eleitos”, a fim de permanecer nos crente até que Ele venha novamente a este mundo. O Espírito Santo foi dado à igreja para suprir cada necessidade dos crentes e enchê-los com tudo que carecem, enquanto Cristo não está visivelmente presente entre eles.

Estas verdades são importantíssimas. Cuidemos em assimilá-las com firmeza e não as abandonemos. Juntamente com toda verdade referente à pessoa de Cristo, para desfrutarmos de paz segurança é necessário que conheçamos toda verdade referente à pessoa do Espírito Santo. Devemos rejeitar como erro qualquer doutrina a respeito da igreja, das ordenanças e do ministério cristão que obscureçam a obra do Espírito Santo, em nosso íntimo. Jamais descansemos enquanto não estivermos certos de que o Espírito Santo habita em nós. “E, se alguém não tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dele” (Rm 8.9).

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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quinta-feira, 20 de março de 2025

“NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS”


“NA CASA DE MEU PAI HÁ MUITAS MORADAS”

"Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar" (Jo 13.3).

Enquanto estamos neste mundo entendemos poucas coisas a respeito do céu; e este pouco aprendemos da Bíblia mais pela exclusão dos aspectos negativos do que pelo ensino dos aspectos positivos. Consideremos algumas verdades evidentes sobre o céu.

Em poucas palavras, o céu é um lar: o lar de Cristo e de seus seguidores. Esta é uma afirmação agradável e emocionante. O lar, como nós sabemos, é um lugar onde geralmente somos amados pelo que somos, independentemente de nossas capacidades e bens; o lugar onde somos amados até o fim, onde jamais somos esquecidos e sempre bem-vindos. Esta é uma ideia sobre o céu.

O céu é um lugar de “moradas”, eternas e permanentes. Estar neste corpo para nós significa viver em tendas, tabernáculos e pousadas; precisamos nos sujeitar a muitas mudanças. No céu estaremos acomodados para sempre em perfeita segurança. “Na verdade, não temos aqui cidade permanente, mas buscamos a que há de vir” (Hb 13.14). Nossa cidade, não feita por mãos humanas, jamais será destruída.

O céu é um lugar de “muitas moradas”. Haverá lugar para todos os crentes e espaço para todos os tipos de pessoas, tanto para os mais nobres quanto para os mais insignificantes dos crentes, para os fortes bem como para os fracos. O mais débil filho de Deus não precisa temer que não haja lugar para ele no céu. Ninguém será lançado fora, exceto os pecadores impenitentes e incrédulos.

O céu é um lugar onde o próprio Cristo estará presente. “Para que, onde eu estou, estejais vós também” (Jo 14.3). Não devemos pensar que estaremos sozinhos e negligenciados. Nosso Redentor, nosso Salvador, que nos amou e a si mesmo se entregou por nós estará conosco para sempre. Não podemos imaginar completamente o que veremos no céu, enquanto estivermos no corpo. Porém uma coisa é certa: nós veremos a Cristo.

Guardemos essas verdades em nossas mentes. Para a pessoa mundana e descuidada com sua alma tais verdades podem não ser importantes. Mas, para todos que estão cientes do ministério do Espírito Santo em seu íntimo, estão repletas de indizível consolação.

Deus nos abençoe!

J.C.Ryle (1816-1900).

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segunda-feira, 17 de março de 2025

"O APÓSTOLO LADRÃO"


"O APÓSTOLO LADRÃO"

“Então, Maria, tomando uma libra de bálsamo de nardo puro, mui precioso, ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos; e encheu-se toda a casa com o perfume do bálsamo. Mas Judas Iscariotes, um dos seus discípulos, o que estava para traí-lo, disse: Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres? Isto disse ele, não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava” (Jo 12.3-6).

Vemos neste texto que Maria, a irmã de Lázaro, ungiu com precioso bálsamo os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos. Ela o fez com liberalidade e abundância, que “encheu toda a casa com o perfume do bálsamo”. Notamos que havia nessa mulher um coração repleto de amor e gratidão por tantas bênçãos recebidas. Assentar-se aos pés do Senhor e ouvir-Lhe os ensinos, encontrar paz de alma e perdão para os seus pecados era motivo para adoração e gratidão. Maria “ungiu os pés de Jesus e os enxugou com os seus cabelos”. Ela havia concluído que nada seria demasiadamente grande para oferecer ao amado Salvador.

Mas havia ali um homem chamando Judas Iscariotes. Ele achou falta na atitude de Maria, culpando-a de desperdício e extravagância. Declarou ele: “Por que não se vendeu este perfume por trezentos denários e não se deu aos pobres?” O apóstolo João nos conta que Judas disse isso, “não porque tivesse cuidado dos pobres; mas porque era ladrão e, tendo a bolsa, tirava o que nela se lançava”.

Deveríamos observar tais coisas. Judas desfrutou dos mais elevados privilégios religiosos possíveis. Ele foi escolhido para ser apóstolo e companheiro de Cristo. Foi testemunha ocular dos milagres do nosso Senhor e ouvinte de seus maravilhosos sermões. Ele viu aquilo que Moisés e Abraão jamais viram, e ouviu o que Davi e Isaías nunca ouviram. Porém, a despeito de tudo isso, seu caráter nunca foi mudado. Judas continuou dissimulado até o fim, ocultando a sua verdadeira personalidade e intenções, em geral motivado pela busca de alcançar a realização de vantagens pessoais.

"Como uma camada de esmalte sobre um vaso de barro, os lábios amistosos podem ocultar um coração mau. Quem odeia disfarça as suas intenções com os lábios, mas no coração abriga a falsidade" (Pv 26.23,24).

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domingo, 16 de março de 2025

“ENTÃO CONHECEREMOS, SE PROSSEGUIRMOS EM CONHECER O SENHOR"


“ENTÃO CONHECEREMOS, SE PROSSEGUIRMOS EM CONHECER O SENHOR"

 Então conheceremos, se prosseguirmos em conhecer o SENHOR: sua saída está preparada como a manhã; e ele virá a nós como a última e a primeira chuva sobre a terra” (Oséias 6.3).

Neste versículo, os fiéis prosseguem o que eu anteriormente discuti, assegurando-se da esperança de salvação: nem é coisa para se maravilhar que o Profeta detenha-se mais completamente sobre este tópico; pois sabemos quão inclinados somos a acalentar dúvida. Não há nada mais custoso, em especial quando Deus exibe a nós sinais de sua ira, do que nos recobrarmos para que nos persuadamos realmente de que ele é nosso médico quando ele parece visitar nossos pecados. Neste caso, então, devemos lutar seriamente, pois nada pode ser feito sem labor. Por isso, os fiéis ora dizem: Conheçamos, e prossigamos em conhecer ao SENHOR. Eles demonstram, pois, por tais palavras, que não tinham receio, mas que a luz surgiria depois da escuridão; pois este é o sentido das palavras: Saberemos então, eles dizem; isto é: “Ainda que agora haja trevas horríveis por todos os lados, contudo, o Senhor manifestará a nós sua bondade, mesmo que ela não apareça de imediato”. Eles, por conseguinte, adicionam: E prosseguiremos após o conhecimento do SENHOR. Percebemos agora o teor das palavras.

Ora, essa passagem nos ensina que, quando Deus oculta sua face, agiremos tolamente se alimentarmos nossa incredulidade; ao contrário, devemos, como eu já disse, combater essa destrutiva moléstia, visto como Satanás nada mais busca senão nos afundar no desespero. Esse seu ardil, então, deve ser conhecido por nós, como Paulo nos faz lembrar, (2Co 2.11); e aqui o Espírito Santo nos supre de armas, pelas quais podemos rechaçar esta tentação satânica: “O quê? Vejas que Deus está irado contigo; nem é de qualquer valia a ti aventurar-se a ir até ele, pois todo acesso está cerrado”. Isso é o que Satanás nos sugere, quando estamos cônscios de nossos pecados. O que deve ser feito? O Profeta aqui propõe um remédio: Conheceremos; “Embora agora estejamos mergulhados em densas trevas, embora lá nunca brilhe sobre nós nem mesmo uma centelha de luz, todavia saberemos (como Isaías diz, “eu esperarei no SENHOR, que esconde sua face de Jacó”) que este é o verdadeiro exercício da nossa fé quando erguemos nossos olhos à luz que aparenta estar apagada, e quando, nas trevas da morte, nós, no entanto, continuamos a prometer a nós mesmos vida, como somos aqui instruídos: Nós conheceremos então; além disso, prosseguiremos após o conhecimento do SENHOR; embora Deus desvie sua face, e, por assim dizer, de propósito duplique a escuridão, e todo conhecimento de sua graça esteja, no modo de dizer, extinto, não obstante, prosseguiremos após tal conhecimento; ou seja, nenhum obstáculo impedir-nos-á de pelejar, e nossos esforços por fim darão caminho àquela graça que dá a impressão de estar inteiramente excluída de nós”.

Alguns dão esta tradução: Conheceremos, e prosseguiremos para conhecer o SENHOR, e deste modo explicam a passagem — que os israelitas não auferiram semelhante benefício da lei de Moisés, mas que ainda esperavam a doutrina mais completa que Cristo trouxe em sua vinda. Eles, então, acham que essa é uma profecia que diz respeito a tal doutrina, que está agora exposta a nós, em seu brilho pleno, pelo Evangelho, porque Deus se manifestou em seu Filho como numa imagem vivente. Contudo, essa é uma interpretação por demais rebuscada; e nos é suficiente mantermo-nos próximo do desígnio do Profeta. Ele deveras apresenta os piedosos falando assim por esta razão — porque havia necessidade de grande e forte empenho, para que eles pudessem se alçar à esperança de salvação; pois o exílio não era para ser de um dia, mas de setenta anos. Logo, quando uma tão pesada provação aguardava os religiosos, o Profeta desejava aqui prepará-los para a laboriosa batalha: Então conheceremos, e seguiremos para conhecer o SENHOR.

Depois, ele diz: Como a manhã chegará para nós sua saída — uma símile a mais apropriada; pois, aqui, os fiéis evocam à mente a sucessão contínua de dias e noites. Não admira que Deus nos convide a esperar por sua graça, a vista da qual está, todavia, ocultada de nós; pois, a não ser que tenhamos aprendido por longa experiência, quem poderia esperar por luz repentina quando prepondera a escuridão da noite? Não acharíamos que a terra está inteiramente privada de luz? Mas, ao ver que a aurora subitamente brilha, pondo termo às trevas da noite e dispersando-a, que maravilha é esta, que o Senhor resplandeça além de nossa expectativa? Sua saída, pois, será como a manhã.

Ele, aqui, chama uma nova manifestação de a saída de Deus, isto é, quando esse mostra que atende seu povo com mercê, quando mostra que está atento ao pacto que fez com Abraão; pois, conquanto o povo estivesse exilado de seu país, Deus não parecia, como dissemos, considerá-lo mais; ou melhor, o julgamento da carne apenas sugeria isto, que Deus estava muitíssimo distante de seu povo. Ele, então, denomina-a a saída de Deus, quando esse se mostrar propício aos cativos e restaurá-los totalmente; então virá a saída de Deus, e será como a manhã. Vemos pois agora que ele os confirma pela ordem da natureza, como Paulo confirma, quando ralha a descrença daqueles para quem uma ressurreição futura se afigurava incrível, porque ultrapassava os pensamentos da carne; “Ó néscio!”, ele diz, “não vês tu que o que semeamos primeiro apodrece e depois germina? Deus ora põe diante de ti, numa semente que se apodrece, um emblema da ressurreição futura”. Assim também aqui, visto que a luz diariamente surge a nós, e a manhã brilha depois das trevas da noite, o que então o Senhor não efetuará por si mesmo, ele que opera tão poderosamente pelas coisas materiais? Quando tornar manifesto seu pleno poder, o que, pensamos, ele fará? Não sobreexcederá muito mais a todos os pensamentos da nossa carne? Vemos agora por que tal comparação foi adicionada.

Depois, ele nos descreve o efeito dessa manifestação: Ele virá a nós, ele diz, como a chuva, como a última chuva, uma chuva para a terra. Essa comparação demonstra que, tão logo se digna a olhar para o seu povo, o semblante de Deus será como a chuva que irriga a terra. Quando a terra fica seca depois de prolongado calor e prolongada seca, ela parece ser incapaz de produzir fruto; mas a chuva lhe restaura a sua umidade e vigor. Assim, pois, o Profeta, na pessoa do fiel, reforça mesmo aqui a esperança de uma completa restauração. Ele virá a nós como a chuva, como a chuva tardia.

Os hebreus chamam a última chuva, pela qual o trigo ficava sazonado, de serôdia. E parece que o Profeta queria dizer chuva primaveril. Mas o sentido é claramente este, que, embora os israelitas houvessem se tornado tão secos que não tivessem mais qualquer vitalidade, todavia, haveria tanta virtude na graça divina quanto na chuva, que frutifica a terra quando essa parece ser estéril. Porém, quando, ao fim, ele acrescenta uma chuva à terra, eu não duvido de que ele tivesse em vista a chuva da estação, que é agradável e aceitável à terra, ou àquela de que a terra realmente carece; pois uma pancada violenta não pode ser chamada propriamente uma chuva para a terra, por destrutiva e prejudicial que é.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564). 

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“SEMEAI PARA VÓS MESMOS EM JUSTIÇA”


“SEMEAI PARA VÓS MESMOS EM JUSTIÇA”

“Semeai para vós mesmos em justiça, colhei em misericórdia; quebrai em pedaços o vosso solo de terra devoluta; pois é tempo de procurar o SENHOR, até que ele venha e faça chover justiça sobre vós” (Os 10.12).

O profeta Oséias, aqui, exorta os israelitas ao arrependimento; conquanto não pareça uma simples e mera exortação, antes, um protesto; como se o Senhor houvesse dito que ele, até ali, em vão lidava com o povo de Israel, pois que esse sempre continuara obstinado. Pois se segue, imediatamente - “Vós arastes maldade, vós colhestes iniquidade; vós comestes o fruto das mentiras; porque tu confiaste em teu caminho, na multidão dos teus homens poderosos” (v.13).

A razão, pela qual eu cuidei que o Profeta não exortava simplesmente o povo, antes, acusava-o de inflexibilidade por não melhorar, apesar de várias vezes admoestado, é aqui encontrada. Ele, então, relata o quanto Deus, anteriormente, fizera para restaurar o povo a uma mente sã; pois isso tinha sido seu ensino constante: Semeai para vós mesmos retidão, colhei, em proporção, bondade, ou, consoante à proporção de brandura; arai uma lavoura para si próprios; é a época de buscar ao Senhor. Então, conquanto o povo ouvisse tais palavras todo dia, e tivesse seus ouvidos quase ensurdecidos por elas, todavia, ele não mudava para melhor, nem se tornava maleável; pelo contrário, com um propósito fixo, por assim dizer, eles lavravam, diz ele, impiedade, eles colhiam iniquidade; por conseguinte, eles comiam mesmo o fruto da falsidade, pois curtiam justos castigos, ou, saciavam-se de falsidade e traição. Compreendemos, agora, o que o Profeta quis dizer: procederei às particularidades.

Semeai para vós mesmos retidão. Ele revela que a salvação desse povo não havia sido negligenciada por Deus; pois experimentara se ele povo era curável. O remédio era que esse conheceria que Deus apaziguava-se para com ele ao se devotar, ele povo, à justiça. O Senhor oferecia sua mercê: “Retornai unicamente para mim; pois, assim que a semente da justiça for semeada por vós, a ceifa será preparada, um galardão será guardado para vós; vós, então, segareis frutos em consonância com a vossa bondade”.

Não obstante, se alguém perguntar se está no poder dos homens semear justiça, a resposta é pronta, e é esta: que o Profeta não explica aqui quão longe a habilidade dos homens se estende, mas requer o que eles devem fazer. De onde é que tantas maldições muitas vezes nos oprimem, senão por o produto ser similar à semente que espalhamos? Ou seja, Deus retribui a nós o que merecemos.

Isso, pois, é o que o Profeta mostra, quando diz: “Semeai para vós mesmos retidão”: ele demonstra que era culpa deles se o Senhor não os acalentava amável, generosa e paternalmente: era porque a impiedade deles não o permitia.

E o Profeta somente fala das obrigações da segunda tábua da lei, como também os Profetas falam, quando exortam os homens à penitência: eles, com frequência, principiam pela segunda tábua, porque a perversidade do homem, relativamente a essa, é mais palpável, e podem, por esse meio, ser mais facilmente declarados culpados.

Porém, o que ele acrescenta a seguir, lavrar a lavoura, não está, reconheço, em seu lugar adequado; mas não há nada incoerente nisso: pois, depois de havê-los exortado a arar, ele acrescenta que eles eram como campos incultos e desertos, de modo que não era direito semear a semente antes que houvessem sido preparados. O Profeta devia, então, de acordo com a ordem da natureza, ter começado com lavoura; mas ele simplesmente disse o que desejava transmitir, que os israelitas não recebiam os frutos desejados porque tinham semeado apenas injustiça. Caso eles, agora, desejassem ser tratados com mais amabilidade, ele indica o remédio, que é semear justiça. Se era assim, que eles já estavam cheios de impiedade, ele revela que eles eram como um campo recoberto de sarças e espinheiros. Por isso, quando um campo fica sem ser cultivado por muito tempo, espinhos, cardos e outras ervas daninhas crescem ali; uma dupla aragem será necessária, e esse duplo trabalho é chamado de Novação; e Jeremias fala da mesma coisa, quando mostra que o povo se endurecera em sua imoralidade, e que esse não podia produzir qualquer fruto até que os espinheiros fossem arrancados pelas raízes e o povo houvesse sido libertado dos vícios em que se tornara firme; por isso, ele diz: “Lavrai outra vez vosso chão sulcado” (Jr 4.3.)

E é tempo de buscar o SENHOR, até que ele venha. Aqui, o Profeta oferece uma esperança de perdão ao povo, para encorajá-lo a arrepender-se: pois sabemos que, quando os homens são chamados de volta para Deus, ficam entorpecidos, e mesmo abatidos em suas mentes, até serem assegurados de que Deus ser-lhes-á propício; e isso é o que tratamos mais plenamente noutra parte. Agora, o Profeta trata da mesma verdade, que é o tempo de buscar o Senhor. Ele, de fato, usa a palavra que denota uma época tempestiva. É, então, o tempo de procurar ao Senhor; como se ele dissesse: “O caminho de salvação não está ainda fechado para vós; pois o Senhor convida-vos para ele mesmo, e, de si próprio, está inclinado à misericórdia”. Isso é uma coisa. Entretanto, somos, ao mesmo tempo, ensinados de que não deve haver tardança; pois tal morosidade custar-lhes-á caro, se desprezarem um tão amável convite de Deus e prosseguirem em sua obstinação. Então, é o tempo para buscar a Deus; como também Isaías diz: “Buscai ao SENHOR enquanto ele pode ser encontrado, procurai-o enquanto está perto: Eis agora o tempo do bom prazer; eis, agora o dia da salvação” (Is 55.6). Assim, também aqui, o Profeta atesta que Israel trataria facilmente com Deus se retornasse ao caminho reto; mas que, se continuasse obstinadamente em seus pecados, período não seria perpétuo; pois a porta seria fechada, e o povo debalde clamaria, após haver negligenciado esse oportuno convite e abusado da paciência divina.

É o tempo, pois, diz, de procurar o SENHOR, até que ele venha. Essa última oração é uma confirmação da primeira; pois o Profeta declara aqui, explicitamente, que não seria labor inútil para Israel começar a buscar a Deus — “Ele virá a vós”. Ao mesmo tempo, ele alerta-os para não serem por demais precipitados em suas expectativas; pois, ainda que Deus os recebesse em mercê, ele, todavia, não os livraria já de todos os castigos ou males. Devemos, então, pacientemente esperar até que o fruto da reconciliação apareça. Desse modo, vemos que os dois pontos são aqui sabiamente manejados pelo Profeta; pois ele queria que Israel se apressasse com profundo interesse, não protelasse muito o tempo de arrependimento e, também, permanecesse sossegado, caso Deus não se revelasse incontinente, propício, nem exibisse sinais de seu favor; o Profeta desejava, nesse caso, que o povo fosse paciente.

E chova justiça sobre vós. A palavra “chova” quer dizer, na verdade, “ensinar”, e também “arremessar”; porém, como a palavra é derivada desses verbos, como é bem sabido, significa a chuva, eu não posso explicá-la aqui de outra maneira que não “ele choverá justiça sobre vós”. O que, verdadeiramente, podia significar o ensino da justiça? Pois o Profeta alude à seara; e o povo podia dizer: “Estamos assegurados de provisão, se buscarmos a Deus?” “Decerto”, diz ele; “ele virá; ele virá a vós, e choverá justiça, ou o fruto da justiça, sobre vós”. Em resumo, o Profeta indica aqui que, sempre que Deus é buscado em sinceridade e de coração pelos pecadores, ele sai para encontrá-los, revelando-se amável e compassivo. Mas, como ele havia falado de arar e semear, o fruto ou a colheita devia ser ora citado; para que oferecesse, portanto, uma promessa de que aqueles que tinham semeado justiça não perderiam seu dispêndio e fadiga, ele diz que o Senhor choverá sobre vós o fruto da justiça.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564). 

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.

sexta-feira, 14 de março de 2025

DE ZEGEN

DE ZEGEN - A BÊNÇÃO

O Senhor te abençoa e protege.

Ele brilha sua luz radiante misericordiosamente sobre você.

O Senhor te vê e te guarda; Ele dá paz.

Amém. Amém. Amém.

Parte 1:

Que sua bondade o envolva, até mil gerações;

também seus filhos e suas filhas e seus filhos e suas filhas.

Parte 2:

O próprio Senhor irá adiante de você.

Ele te cerca, Ele te cerca.

Ao seu redor e dentro de você: Ele está com você.

Parte 3:

De manhã, à noite, quando você sai, quando você chega em casa,

em suas lágrimas, em sua alegria:

Ele está com você.

Parte 4:

Ele está com você. 

Que Sua bondade o envolva…

O próprio Senhor irá adiante de você...

De manhã, à noite…

Ele está com você…

Números 6:22-27

“O QUARTO MANDAMENTO”

“O QUARTO MANDAMENTO”

Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do SENHOR, teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem o teu filho, nem a tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque, em seis dias, fez o SENHOR os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao sétimo dia, descansou; por isso, o SENHOR abençoou o dia de sábado e o santificou” [Êx 20.8-11].

1. TEOR E APLICAÇÃO DO QUARTO MANDAMENTO

O fim deste mandamento é que, mortos para nossos próprios interesses e obras, meditemos no Reino de Deus e a essa meditação nos apliquemos com os meios por ele estabelecidos. Contudo, uma vez que tem este mandamento uma consideração peculiar e distinta dos outros, requer ele ordem de exposição um pouco diferente. Costumam os antigos chamá-lo um mandamento prefigurativo, porque contém a observância externa de um dia, a qual foi abolida, com as demais figuras, na vinda de Cristo, o que certamente é por eles dito com verdade, mas ferem a questão apenas pela metade. Por isso tem-se de buscar uma exposição mais profunda e levar em consideração três causas pelas quais, a mim me parece ficar patente, eles têm observado este mandamento. Primeira, pois o celeste Legislador quis que sob o descanso do dia sétimo prefigurasse ao povo de Israel um repouso espiritual, pelo qual devem os fiéis descansar de suas próprias atividades para que deixem Deus neles operar. Segunda, quis ele que um dia fosse estabelecido no qual se reunissem para ouvir a lei e realizar os atos de culto, ou, pelo menos, o qual consagrassem particularmente à meditação de suas obras, de sorte que, por esta rememoração, fossem exercitados à piedade. Terceira, ordenou um dia de repouso no qual se concedesse aos servos e aos que vivem sob o domínio de outros para que tivessem alguma relaxação de seu labor.

2. A IMPORTÂNCIA DO SÁBADO E SEU SENTIDO ESPIRITUAL

Contudo, somos ensinados em muitas passagens que essa prefiguração do descanso espiritual teve o lugar principal no sábado. Com efeito, de quase nenhum mandamento mais severamente o Senhor exige obediência. Quando, nos profetas, quer dar a entender que toda a religião está subvertida, queixa-se Deus de que seus sábados foram profanados, violados, não observados, não santificados, como se, posta de lado esta deferência, nada mais restasse em que pudesse ser honrado [Is 56.2; Jr 17.21-23, 27; Êx 20.12, 13; 22.8; 23.38]. A observância cumula-lhe os mais sublimados encômios, donde também os fiéis, entre os demais oráculos, estimavam sobremaneira a revelação do sábado. Pois assim falam os levitas em Neemias [9.14], na assembleia solene: “Deste a conhecer a nossos pais teu santo sábado; mandamentos, e cerimônias, e a lei lhes deste pela mão de Moisés.” Vês como o sábado é tido de singular dignidade entre todos os mandamentos da lei. Estes preceitos todos servem para exaltar a dignidade do mistério, que é mui esplendidamente expresso por Moisés e Ezequiel. Assim tens no Êxodo [31.13, 14, 16, 17a]: “Vede que guardeis meu sábado, porque é um sinal entre mim e vós, em vossas gerações, para que saibais que Eu sou o Senhor, que vos santifico. Guardai o sábado, pois ele é santo para vós.” “Guardem o sábado os filhos de Israel, e o celebrem em suas gerações; é um pacto sempiterno entre mim e os filhos de Israel, e um sinal perpétuo.” Ora, ainda mais destacadamente o reitera Ezequiel, cuja suma, entretanto, é esta: que o sábado fosse por sinal pelo qual Israel pudesse conhecer que Deus lhe era o santificador [Ez 20.12]. Se nossa santificação se patenteia na mortificação da própria vontade, então mui adequada correspondência se oferece do sinal externo com a própria realidade interior. Importa que nos desativemos totalmente, para que Deus opere em nós, abrindo mão de nossa vontade, resignando o coração, de seus apetites abdicando toda a carne. Enfim, impõe-se abster-nos de todas as atividades de nosso próprio entendimento, para que, tendo a Deus operando em nós [Hb 13.21], nele descansemos, como também o ensina o Apóstolo [Hb 4.9].

3. O SENTIDO TIPOLÓGICO DO SÉTIMO DIA

A observância de um dia dentre cada sete representava aos judeus esta cessação perpétua de atividades, a qual, para que fosse cultivada com religiosidade maior, o Senhor a recomendou com seu próprio exemplo. Pois é de não somenos valia para aquecer o zelo do homem que saiba estar trilhando à imitação do Criador. Se alguém procura algum sentido secreto no número sete, uma vez que na Escritura este é o número da perfeição, não sem causa foi ele escolhido para expressar perpetuidade. Ao que também confirma isto: que Moisés põe termo à descrição da sucessão de dias e noites com o dia em que narra haver o Senhor descansado de suas obras. Pode-se também apresentar outro significado provável do número, isto é, que o Senhor assim indicou que o sábado nunca haverá de ser absoluto até que tenha chegado o último dia. Pois aqui começamos nosso bem-aventurado descanso nele, descanso em que fazemos diariamente novos progressos. Mas, porque ainda incessante é a luta com a carne, não se haverá de consumar antes que se cumpra aquele vaticínio de Isaías [66.23], enquanto a lua nova for continuada por lua nova, sábado por sábado, até quando, na verdade, Deus vier a ser tudo em todas as coisas [1Co 15.28]. Portanto, pode parecer que, mediante o sétimo dia, o Senhor tenha delineado a seu povo a perfeição futura de seu sábado no Último Dia, a fim de que, pela incessante meditação do sábado, a esta perfeição aspirasse por toda a vida.

4. CRISTO, O PLENO CUMPRIMENTO DO SÁBADO

Se a alguém desagrada esta interpretação do número como sendo por demais sutil, nada impeço a que a tome em termos mais simples, a saber: que o Senhor estabeleceu um dia determinado em que o povo se exercitasse, sob a direção da lei, a meditar na incessabilidade do descanso espiritual; que Deus designou o sétimo dia, ou porque previa ser o mesmo suficiente para isso, ou para que, proposta uma imitação de seu exemplo, melhor estimulasse o povo, ou, na realidade, o exortasse a não atentar para o sábado com outro propósito senão que o conformasse a seu Criador. Ora, pouco interessa que interpretação se adote, desde que subsista o mistério que principalmente se delineia: o referente ao perpétuo descanso de nossos labores. A contemplar isto, os Profetas reiteradamente revocavam os judeus, para que não pensassem haver-se desincumbido da obrigação do sábado com a simples cessação física do trabalho. Além das passagens já referidas, assim tens em Isaías [58.13, 14]: “Se apartares do sábado teu pé, para que não faças tua vontade em meu santo dia, e ao sábado chamares deleitoso e o dia santo do Senhor glorioso, e o glorificares, não seguindo teus caminhos e não fazendo tua vontade, de sorte que fales tua palavra, então te deleitarás no Senhor” etc. Mas, não há dúvida de que pela vinda do Senhor Jesus Cristo o que era aqui cerimonial foi abolido. Pois ele é a verdade, por cuja presença se desvanecem todas as figuras; o corpo, a cuja visão são deixadas para trás as sombras. Ele é, digo-o, o verdadeiro cumprimento do sábado. Com ele, sepultados através do batismo, fomos enxertados na participação de sua morte, para que, participantes de sua ressurreição, andemos em novidade de vida [Rm 6.4]. Por isso, escreve o Apóstolo em outro lugar que o sábado tem sido uma sombra da realidade futura, e que o corpo, isto é, a sólida substância da verdade, que bem explicou naquela passagem, está em Cristo [Cl 2.17]. Esta não consiste em apenas um dia, mas em todo o curso de nossa vida, até que, inteiramente mortos para nós mesmos, nos enchamos da vida de Deus. Portanto, que esteja longe dos cristãos a observância supersticiosa de dias.

5. AINDA QUE CANCELADO, HÁ NO SÁBADO ASPECTOS VIGENTES

Com efeito, por isso é que nas velhas sombras não se devem numerar as duas causas posteriores que se enfeixam neste mandamento; ao contrário, convêm elas, igualmente, em todos os séculos, ainda que o sábado esteja cancelado, entre nós, não obstante, ainda tem lugar isto: primeiro, que nos congreguemos em dias determinados para ouvir a Palavra, para partir o pão místico, para as orações públicas; segundo, para que se dê aos servos e aos operários relaxação de seu labor. Paira além de dúvida que, na preceituação do sábado, o Senhor teve em mira a ambas. Sobejo testemunho tem a primeira, mesmo que seja só no uso dos judeus. A segunda gravou-a Moisés no Deuteronômio, nestas palavras: “Para que descanse teu servo, e tua serva, assim como também tu; lembra-te de que também tu mesmo foste servo no Egito” [Dt 5.14, 15]. De igual modo, no Êxodo: “Para que descanse teu boi e teu jumento e tome alento o filho de tua serva” [Êx 23.l2]. Quem há de negar que uma e outra nos convém, exatamente como convinha aos judeus? Reuniões de Igreja nos são preceituadas pela Palavra de Deus, e sua necessidade nos é suficientemente assinalada pela própria experiência da vida. Como se podem elas realizar, a não ser que tenham sido promulgadas e tenham seus dias estabelecidos? Segundo a postulação do Apóstolo [1Co 14.40], todas as coisas entre nós devem ser feitas decentemente e com ordem. Tão longe, porém, está de que se possa conservar a decência e a ordem, a não ser mediante esta organização e regularidade, as quais, se se desfazem, sobre a Igreja pairam mui presente perturbação e ruína. Pois se a mesma necessidade pesa sobre nós, em socorro da qual o Senhor constituíra o sábado para os judeus, ninguém alegue que ele não nos diz respeito. Ora, nosso providentíssimo e indulgentíssimo Pai quis prover à nossa necessidade, não menos que à dos judeus. Por que, dirás, não nos congregamos antes diariamente, de sorte que, dessa forma, se ponha termo à distinção de dias? Prouvera que, de fato, isto se nos concedesse! E, por certo, a sabedoria espiritual era digna de que se lhe reservasse diariamente alguma porçãozinha do tempo. Mas, se pela fraqueza de muitos não se pode conseguir que se realizem reuniões diárias, e a norma da caridade não permite deles exigir mais, por que não obedeçamos à norma que nos foi imposta pela vontade de Deus?

6. O ESPÍRITO E FUNÇÃO DA OBSERVÂNCIA DO DOMINGO

Sou compelido a estender-me um pouco mais aqui, porque alguns espíritos inquietos estão hoje a causar tumulto por causa do Dia do Senhor. Acusam o povo cristão de ser nutrido no judaísmo, porquanto retém certa observância de dias. Eu, porém, respondo que estes dias são por nós observados aquém do judaísmo, porque nesta matéria diferimos dos judeus por larga diferença. Pois, não o celebramos como uma cerimônia revestida com a mais estrita religiosidade, pela qual pensamos representar-se um mistério espiritual. Pelo contrário, tomamo-lo como um remédio necessário para reter-se ordem na Igreja. Ademais, Paulo ensina que os cristãos não devem ser julgados por sua observância, uma vez ser ela mera sombra da realidade futura [Cl 2.16, 17]. Por isso, arreceia-se de que haja trabalhado em vão entre os gálatas, porque ainda observavam dias [G1 4.10, 11]. E aos romanos declara ser supersticioso se alguém julga entre dia e dia [Rm 14.5]. Quem, entretanto, exceto estes desvairados somente, não vê que observância o Apóstolo tinha em mente? Pois, aqueles a quem se dirigia não contemplavam neste propósito a ordem política e eclesiástica; antes, como retivessem os sábados e dias de guarda como sombras das coisas espirituais, obscureciam em extensão correspondente a glória de Cristo e a luz do evangelho. Abstinham-se dos labores manuais não por outra razão senão para que fossem embaraços aos sacros estudos e meditações; e assim, com uma certa devoção, sonhavam que, ao observá-lo, estavam a rememorar mistérios dantes recomendados. Contra esta antagônica distinção de dias, digo-o, investe o Apóstolo, não contra a legítima opção que serve à paz da sociedade cristã. Com efeito, nas igrejas por ele estabelecidas, o sábado era mantido para este propósito. Ora, prescreve ele esse dia aos coríntios, para que se coletem ofertas a fim de serem socorridos os irmãos hierosolimitanos [1Co 16.2]. Se porventura se teme superstição, muito mais perigo havia nos dias de guarda judaicos, nos dias do Senhor, do que agora observam os cristãos. Pois, visto que para suprimir-se a superstição se impunha isto, foi abolido o dia sagrado observado pelos judeus; e como era necessário para se conservarem o decoro, a ordem e a paz na Igreja, designou-se outro dia, o domingo para este fim.

7. O GENUÍNO SENTIDO DO DOMINGO

Contudo, não foi sem alguma razão que os antigos escolheram o dia do domingo para pô-lo no lugar do sábado. Ora, como na ressurreição do Senhor está o fim e cumprimento daquele verdadeiro descanso que o antigo sábado prefigurava, os cristãos são advertidos pelo próprio dia que pôs termo às sombras a não se apegarem ao cerimonial envolto em sombras. Nem a tal ponto, contudo, me prendo ao número sete que obrigue a Igreja à sua servidão, pois nem haverei de condenar as igrejas que tenham outros dias solenes para suas reuniões, desde que se guardem da superstição. Isto ocorrerá, se se mantiver a observância da disciplina e da ordem bem regulada. A síntese do mandamento é: como aos judeus a verdade era comunicada sob prefiguração, assim ela, em primeiro lugar, nos é outorgada sem sombras, para que por toda a vida observemos um perpétuo sabatismo de nossos labores, a fim de que o Senhor em nós opere por seu Espírito; em segundo lugar, para que cada um, individualmente, sempre que disponha de lazer, se exercite diligentemente na piedosa reflexão das obras de Deus. Então, ainda, para que todos a um tempo observemos a legítima ordem da Igreja, constituída para ouvir-se a Palavra, para a administração dos sacramentos, para as orações públicas. Em terceiro lugar, para que não oprimamos desumanamente os que nos estão sujeitos. E assim se desvanecem-se as mentiras dos falsos profetas, os quais, em séculos transatos, imbuíram o povo de uma opinião judaica, asseverando que nada mais foi cancelado senão o que era cerimonial neste mandamento, com isto entendem em seu linguajar a fixação do dia sétimo, mas remanescer o que é moral, isto é, a observância de um dia na semana. Com efeito, isto outra coisa não é senão mudar o dia por despeito aos judeus e reter em mente a mesma santidade do dia, uma vez que ainda nos permanece nos dias sentido de mistério igual ao que tinha lugar entre os judeus. E de fato vemos que proveito tem fruído com tal doutrina, pois quantos deles se apegam às estipulações superam três vezes aos judeus em sua crassa e carnal superstição de sabatismo, de sorte que as reprimendas que lemos em Isaías [1.13-15; 58.13] nada menos lhes convêm hoje que àqueles a quem o Profeta increpava em seu tempo. Contudo, importa manter-se, principalmente, o ensino geral: para que a religião não pereça ou venha definhar entre nós, devem ser realizadas diligentemente as reuniões sagradas e deve dar-se atenção aos meios externos que servem para fomentar o culto divino.

João Calvino (1509-1564). 

Deus nos abençoe!

*Agradecemos sua oferta (Pix 08362076291).

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quinta-feira, 13 de março de 2025

“O PRÓXIMO É TODA E QUALQUER CRIATURA HUMANA”


“O PRÓXIMO É TODA E QUALQUER CRIATURA HUMANA”

“Mestre, qual é o grande mandamento na Lei? Respondeu-lhe Jesus: Amarás o Senhor, teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem toda a Lei e os Profetas” [Mt 22.36-40].

Já demonstramos que Cristo, na parábola do samaritano [Lc 10.29-37], sob o termo próximo inclui cada indivíduo, até o mais distanciado, não havendo razão para limitarmos o preceito do amor ao próximo às pessoas mais achegadas a nós. Não estou negando que quanto mais intimamente ligada nos é uma pessoa, tanto mais especialmente é nosso dever assisti-la. Pois assim impõe o princípio de humanidade: quanto mais íntimos são os laços de parentesco ou amizade que ligam as pessoas, tanto mais devem os homens ajudar-se entre si. E isto com nenhuma ofensa de Deus, por cuja providência somos, de certo modo, a isto compelidos.

Afirmo, porém, que se deve abraçar com um só afeto de caridade a todo gênero humano, sem qualquer exceção, porquanto aqui não há nenhuma distinção de bárbaro ou grego, de digno ou indigno, de amigo ou inimigo, visto que devem ser considerados em Deus, não em si mesmos, consideração esta da qual, quando nos desviamos, não surpreende que nos emaranhemos em muitos erros. Consequentemente, se apraz manter a verdadeira linha do amar, devem-se voltar os olhos, em primeiro plano, não para o homem, cuja visão mais frequentemente engendraria ódio que amor, mas para Deus, que manda que o amor que lhe deferimos seja difundido em relação a todos os seres humanos, de sorte que seja este o perpétuo fundamento: seja quem for o homem, deve ele, no entanto, ser amado, já que Deus é amado.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

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