“CONSIDERAI-VOS MORTOS PARA O PECADO”
“Assim também
vós considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus, em Cristo Jesus”
(Rm 6.11).
O apóstolo
Paulo agora adiciona a definição de sua analogia. Ele aplica as duas afirmações
concernentes ao fato de Cristo morrer para o pecado uma vez por todas e viver
eternamente para Deus (v.10), e nos instrui em como devemos agora morrer
enquanto vivemos, ou seja: pela renúncia do pecado. Entretanto, ele não omite a
outra parte da analogia, isto é, como vamos viver depois de termos uma vez para
sempre abraçado a graça de Cristo mediante a fé. Embora a mortificação de nossa
carne esteja apenas começando em nós, todavia a vida de pecado está destruída
por este mesmo expediente, de modo que a nossa renovação espiritual, a qual é
de caráter divino, venha a continuar para sempre. Se Cristo por fim não destruísse
o pecado em nós, então sua graça seria carente de estabilidade e continuidade.
Portanto, o
significado desta passagem é o seguinte: “Eis a posição que deves assumir, em teu
caso: Assim como Cristo, uma vez por todas, morreu para destruir o pecado,
também deves morrer uma vez por todas a fim de que, no futuro, cesses de pecar.
De fato, deves progredir diariamente na mortificação de tua carne, a qual já
teve início em ti, até que o pecado seja de vez erradicado. Assim como Cristo
ressuscitou para uma vida incorruptível, também deves ser regenerado pela graça
de Deus, a fim de seres guiado por toda a tua vida em santidade e justiça,
visto que o poder do Espírito Santo, por meio do qual foste renovado, é eterno,
e florescerá para sempre”.
Deus nos
abençoe!
João Calvino (1509-1564).
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