"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



quarta-feira, 11 de setembro de 2019

Arrependimento: Uma Graça Evangélica

Arrependimento: Uma Graça Evangélica

Capítulo XV da Confissão de Fé de Westminster (Do Arrependimento para a Vida).

Seção I. O arrependimento para a vida é uma graça evangélica, doutrina esta que deve ser proclamada por todo ministro do evangelho, tanto quanto a da fé em Cristo.

Zc 12.10; At 11.18; Lc 24.47; Mc 1.15; At 20.21.

Seção II. Por ele um pecador, movido pelo que vê e sente, não só diante do perigo, mas também diante da imundícia e odiosidade de seus pecados, como sendo contrários à santa natureza e à justa lei de Deus, e na apreensão de sua misericórdia em Cristo destinada aos que são penitentes, de tal maneira se entristece e odeia os seus pecados que, deixando-os, se volta para Deus, propondo-se e diligenciando-se por andar com ele em todas as veredas de seus mandamentos.

Ez 18.30-31;36.31; Is 30.22; Sl 51.4; Jr 31.18-19; 2Co 7.11; Sl 119.6,59,106; Mt 21.28-29.

*Estas seções ensinam as seguintes verdades: -

1. Que, quanto aos fundamentos, o genuíno arrependimento evangélico, por parte do pecador, descansa –

1.1. Num genuíno senso de culpa, corrupção e poder de sua pecaminosidade pessoal, e de seus próprios feitos pecaminosos; e

1.2. Numa genuína apreensão da misericórdia de Deus em Cristo.

2. Que, quanto à essência, o arrependimento consiste –

2.1. Numa genuína aversão ao pecado e pesar por seus pecados pessoais;

2.2. Numa conversão real de todos eles para Deus.

2.3. Num sincero propósito e persistente diligência de andar com Deus na verdade de seus mandamentos.

3. Que, assim definido, esse genuíno arrependimento é uma graça evangélica, como a fé, graciosamente comunicada a nós por Deus por amor a Cristo, tanto quanto um dever a nós imposta.

4. Ele deve ser, portanto, diligentemente proclamado do púlpito por todo ministro do evangelho.

A iluminação espiritual e a renovação das inclinações que são afetadas na regeneração levam o crente a perceber e apreciar a santidade de Deus como revelada igualmente na lei e no evangelho (Rm 3.20); e nessa luz ver e sentir a excessiva gravidade de todo pecado e a absoluta pecaminosidade de sua própria natureza e conduta. Esse sentido de pecado corresponde precisamente aos fatos reais do caso, e o homem se apercebe de quão justo é Deus, como sempre o foi.

“Ora, sabemos que tudo o que a lei diz, aos que vivem na lei o diz para que se cale toda boca, e todo o mundo seja culpável perante Deus, visto que ninguém será justificado diante dele por obras da lei, em razão de que pela lei vem o pleno conhecimento do pecado. Mas agora, sem lei, se manifestou a justiça de Deus testemunhada pela lei e pelos profetas; justiça de Deus mediante a fé em Jesus Cristo, para todos [e sobre todos] os que creem; porque não há distinção, pois todos pecaram e carecem da glória de Deus, sendo justificados gratuitamente, por sua graça, mediante a redenção que há em Cristo Jesus” (Rm 3.20-23). 

A.A.Hodge (1823-1886).

*Confissão de Fé de Westminster Comentada – Editora Os Puritanos.

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-1115

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