Paciência: Uma característica pessoal do Pastor
“O amor
é paciente” (1Co 13.4).
Uma característica pessoal
do pastor é a paciência. Temos que suportar muitos abusos e ofensas daqueles a
quem estamos fazendo o bem. Depois de termos dado bastante atenção à situação
deles, depois de termos orado e suplicado com eles e por eles, depois de os
termos enaltecido e de nos termos desgastado por eles, ainda precisamos ter mais paciência
com eles. Ainda podemos esperar que, depois de termos olhado por eles como se fossem
os nossos próprios filhos, alguns nos rejeitem com escárnios e até nos odeiem e
nos desprezem. Lançar-nos-ão desdenhosamente em rosto a nossa bondade e nos
verão como seus inimigos. Farão isto simplesmente porque lhes dissemos a
verdade. Sim, quanto mais os amarmos, mais nos odiarão.
Tudo isso tem que ser
aceito por nós, e ainda precisamos desejar inabalável e infatigavelmente fazer
tudo que for bom para eles. Precisamos persistir em instruir com mansidão os
que se opõem aos seus próprios interesses superiores. Deus poderá levá-los ao
arrependimento. Mesmo quando eles menosprezarem e rejeitarem o nosso ministério
e nos mandarem cuidar da nossa própria vida, devemos continuar cuidando deles
com perseverança, desde que estamos tratando de pessoas desnorteadas que rejeitam
o seu médico. Não obstante, devemos persistir na busca da sua cura. É deveras
indigno o médico que se retira apenas por causa do linguajar tolo do paciente.
Quando dizemos às pessoas
que o homem natural não recebe bem as coisas de Deus, e que elas estão fora de
si nas questões referentes à salvação, devemos estar preparados para as suas
reações. Não esperemos que os estultos reajam agradecidamente como sábios. Nem todos podemos dizer estas coisas, mas talvez
tenhamos que enfrentar más reações dirigidas a nós. Pode suceder que sejamos
censurados e caluniados por nosso amor. Pode haver gente disposta a cuspir em
nossos rostos, em vez de ser-nos grata por nosso conselho.
Todavia, estas são as
espécies de provações que temos que aceitar como bons pastores. Servirão para testar-nos
e para mostrar-nos se os restos de velho Adão ainda são bastante fortes em nós
para fazer que os nossos corações reajam com orgulho e raiva. É o novo homem em
Cristo que pode reagir com mansidão e paciência. Como é triste, porém, quando
muitos ministros do evangelho fracassam nesta prova!
Richard Baxter (1615-1691).
*"O Pastor Aprovado", Editora PES.
*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-1115
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