O Supremo
Propósito do Ministério Pastoral
“O Espírito do Senhor está sobre mim, pelo que me
ungiu para evangelizar os pobres; enviou-me para proclamar libertação aos
cativos e restauração da vista aos cegos, para pôr em liberdade os oprimidos, e
apregoar o ano aceitável do Senhor” (Lc 4.18-19).
O fim principal da nossa supervisão pastoral deve
estar ligado ao supremo propósito de nossa vida. Esse propósito é agradar e
glorificar a Deus. Também é estimular a santificação e a santa obediência do
povo de Deus que está a nosso cargo. Promover a unidade, a ordem, a beleza, o poder,
a preservação e o progresso do nosso povo há de ser a nossa tarefa. É a correta
adoração a Deus. Isto significa que antes de um homem ter competência para ser
um verdadeiro pastor de igreja, segundo a mente de Cristo, ele precisa ter
estes objetivos em alta estima. Terá que fazer deles a grande e única
finalidade da sua vida.
Portanto, o homem que não
for totalmente sincero como cristão, não poderá estar apto para ser pastor de
igreja. Isto se comprova quanto ao seu amor a Deus. Está ele tão envolvido em
seu relacionamento com Deus e tão interessado em agradá-Lo que faz de Deus o
centro de todas as suas ações? Vive ele unicamente para ser agradável a Deus?
Embora seja útil que o homem saiba e ensine as línguas originais das Escrituras
e tenha um pouco de filosofia, a verdadeira prova da sua utilidade é se ele é
dedicado a Deus de todo o coração ou não, pois ninguém poderá ser sincero em
servir a Deus, se não tiver os fins em mente de forma sincera. Assim, o homem
terá que amar a Deus com sinceridade acima de tudo, antes de poder servi-Lo sinceramente
diante de todos.
Tampouco serve para ser
ministro de Cristo o homem que não tem um adequado e notório espírito para com
a Igreja. É preciso que ele se deleite com a beleza da Igreja, anele sua
felicidade, procure a sua prosperidade e se regozije com o seu bem-estar, e
deve estar disposto a gastar-se e a ser gasto por amor à Igreja.
Para ser pastor de igreja o
homem também deve fixar seu coração na vida por vir e considerar as questões da
vida eterna superiores aos interesses desta existência. Acima das frivolidades
deste mundo, é preciso que ele avalie nalguma proporção as incalculáveis
riquezas da glória. Sim, pois ele jamais porá o coração na obra da salvação dos
homens, enquanto não crer e avaliar de coração essa salvação.
Também será inepto para ser
pastor, se não tiver prazer na santidade, se não odiar a iniquidade, se não
amar a unidade e pureza da Igreja, e se não detestar a discórdia e o divisionismo.
Ele precisa ter prazer na comunhão dos santos e no culto público de Deus com o
Seu povo. Estas coisas refletem os verdadeiros fins do pastor. Sem elas, é-lhe
impossível fazer a sua tarefa.
Richard Baxter (1615-1691).
*"O Pastor Aprovado", Editora PES.
*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba/PR.
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.
(41)3242-1115
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