“DEUS O DESAMPAROU, PARA PROVÁ-LO”
“Ezequias prosperou em
toda a sua obra. Contudo, quando os
embaixadores dos príncipes da Babilônia lhe foram enviados para se informarem
do prodígio que se dera naquela terra, Deus o desamparou, para prová-lo e
fazê-lo conhecer tudo o que lhe estava no coração” (2Cr 32.30,31).
“O sapientíssimo, justíssimo e graciosíssimo Deus com frequência
deixa, por algum tempo, seus próprios filhos à mercê de multiformes tentações e
da corrupção de seus próprios corações, com o fim de castigá-los pelos seus
pecados anteriores, ou levá-los a descobrirem a força oculta da corrupção e
fraudulência de seus corações, a fim de serem humilhados, e a fim de
reanimá-los para uma dependência mais íntima e constante do apoio dele e
fazê-los mais vigilantes contra toda e qualquer ocasião futura de pecar, e para
vários outros fins justos e santos” (CFW. cap. V - Da Providência - seç. V).
O governo
moral de Deus sobre todos os homens e especialmente seu governo sobre a Igreja,
inclui também, além de uma providência externa, ordenando as circunstâncias
externas de indivíduos, uma providência espiritual interna, consistindo das
influências de seu Espirito em seus corações. Como “graça comum”, essa
influência espiritual se estende a todos os homens sem exceção, ainda que em
vários graus de poder, restringindo a corrupção de sua natureza e impregnando
seus corações e consciências com as verdades reveladas na luz da natureza ou da
revelação, e ela é ou exercida ou judicialmente retida por Deus em seu soberano
beneplácito. Como “eficaz” e “graça salvífica”, essa influência espiritual se
estende aos eleitos, e é exercida sobre eles em termos e em graus tais como
Deus determinou desde o princípio.
Por essa
razão, no caminho da disciplina, para seu próprio bem, visando a mortificar
seus pecados e a corroborar suas graças, Deus com frequência sábia e
graciosamente, ainda que não finalmente, por certo tempo e em certo grau, retém
suas influências espirituais de seus próprios filhos, e “os entrega a
multiformes tentações e corrupções de seus próprios corações”.
2Cr 12.7-14;
Mc 14.66-72; Jo 21.15-17.
Deus nos
abençoe!
A.A.Hodge (1823-1886).
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