“ROGO-VOS, POIS, IRMÃOS, PELAS MISERICÓRDIAS DE DEUS” - PARTE III
“Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias de Deus, que apresenteis
o vosso corpo por sacrifício vivo, santo e agradável a Deus, que é o vosso
culto racional” (Rm 12.1).
“O vosso culto racional”. Em minha opinião, esta cláusula foi adicionada para imprimir à
exortação precedente uma melhor explicação e confirmação. É como se Paulo dissesse:
“Apresentai-vos como sacrifício [oferecido] a Deus, se realmente tencionais
cultuá-lo; porquanto este é o modo correto de servir a Deus. E se porventura
vos apartardes dele, então vos revelareis como falsos adoradores”. E se Deus só
é corretamente adorado à medida que regulamos nossas ações pelo prisma de seus mandamentos,
então de nada nos valerão todas as demais formas de culto que porventura
engendrarmos, as quais ele com toda razão abomina, visto que põe a obediência
acima de qualquer sacrifício. O ser humano deleita-se com suas próprias
invenções e (como diz o apóstolo em outro lugar) com suas vãs exibições de
sabedoria; mas aprendemos o que o Juiz celestial declara em oposição a tudo
isso, quando nos fala por boca do apóstolo. Ao denominar o culto que Deus
ordena de racional, ele repudia tudo
quanto contrarie as normas de sua Palavra, como sendo mero esforço insensato,
insípido e inconsequente.
Deus nos abençoe!
João Calvino (1509-1564).
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