“Todo ser que respira louve ao SENHOR. Aleluia!”
(Sl 150.6).
As palavras
deste versículo podem estender-se a todo tipo de criatura vivente; pois já
vimos nos salmos anteriores que a proclamação dos louvores divinos é designada
até às coisas irracionais. Mas, como os homens estão às vezes exclusivamente
implícitos no epíteto “carne”, podemos muito bem presumir que as palavras têm
referência aos homens, os quais, embora tenham fôlego de vida em comum com a
criação irracional, obtêm à guisa de distinção o título que respira, como
criaturas viventes. Sou levado a pensar assim pela seguinte razão: uma vez que
o salmista ainda se dirigia, em sua exortação, às pessoas que eram versadas nas
cerimônias da lei, agora ele se volve aos homens em geral, dando a entender que
viria um tempo em que os mesmos cânticos, até então ouvidos somente em Judá,
ressoariam em todos os quadrantes da criação. Nesta predição, fomos unidos aos
judeus na mesma sinfonia, para que cultuemos a Deus com sacrifícios de louvor
permanentes, até que sejamos congregados no reino celestial, quando cantaremos com
os anjos eleitos um eterno aleluia.
Deus nos
abençoe!
João Calvino (1509-1564).
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