"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



terça-feira, 1 de outubro de 2024

“LOUVAI AO SENHOR DA TERRA”


“LOUVAI AO SENHOR DA TERRA

“Louvai ao SENHOR da terra, monstros marinhos e abismos todos;  fogo e saraiva, neve e vapor e ventos procelosos que lhe executam a palavra; montes e todos os outeiros, árvores frutíferas e todos os cedros; feras e gados, répteis e voláteis” (Sl 148.7-10).

Louvai ao SENHOR da terra. Em seguida, o salmista desce às partes inferiores do mundo. Embora, ao mesmo tempo, evite a ordem exata, ele mistura aquelas coisas que são produzidas na atmosfera - relâmpagos, neve, gelo e ventos tempestuosos. Esses deviam ter sido colocados na classe anterior, mas ele se refere à apreensão comum dos homens. O escopo de tudo é que, aonde quer que volvamos nossos olhos, nos deparamos com evidências do poder de Deus. Em primeiro lugar, ele fala sobre as baleias, pois, ao mencionar logo em seguida os abismos ou profundezas, não tenho dúvida de que ele tinha em mente os peixes do mar, tais como as baleias. É razoável pensarmos que assuntos pelos quais louvar a Deus deveriam ser extraídos do mar, que contém tantas maravilhas. Em seguida, ele fala sobre a saraiva, nevascas e tempestades, que, conforme ele disse, cumprem a Palavra de Deus; pois não é como resultado do acaso que os céus se cobrem de nuvens, ou que uma única gota de chuva cai das nuvens, ou que os trovões ecoam. Todas essas mudanças dependem da vontade secreta de Deus: se Ele mostrará a sua bondade aos filhos dos homens por regar a terra ou punirá os pecados deles por meio da tempestade, da saraiva ou outras calamidades. A passagem contém instrução de vários tipos, como, por exemplo, a de que, ao pairar a morte, por mais ressequida que esteja a terra devido ao calor insistente, Deus pode enviar imediatamente a chuva que removerá a seca de acordo com o seu prazer. Se, por outro lado, devido às chuvas incessantes, a semente apodrece no solo ou as colheitas não atingem a maturidade, devemos orar por um tempo saudável. Se o trovão nos deixa alarmados, somos ensinados a orar a Deus, pois, sendo Ele que em sua ira envia o trovão, pode igualmente acalmar todos os elementos que se acham em convulsão. E não devemos adotar o ponto de vista mesquinho acerca desta verdade advogado por homens irreligiosos, o ponto de vista de que as coisas, na natureza, se movem tão-somente de conformidade com as leis impressas nelas desde o princípio, enquanto Deus vive em ociosidade. Pelo contrário, devemos sustentar com firmeza que Deus vela por suas criaturas e que nada pode ocorrer sem a disposição dEle, como já vimos, em Salmos 104.4, que Ele faz de seus anjos ventos e de seus “ministros, labaredas de fogo”.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.  

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