"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



quinta-feira, 11 de janeiro de 2024

“EM TODA A SABEDORIA E PRUDÊNCIA”


“EM TODA A SABEDORIA E PRUDÊNCIA”

“Que Deus derramou abundantemente sobre nós em toda a sabedoria e prudência, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, desvendando-nos o mistério da sua vontade, segundo o seu beneplácito que propusera em Cristo, de fazer convergir nele, na dispensação da plenitude dos tempos, todas as coisas, tanto as do céu como as da terra” (Ef 1.8-10)..

O apóstolo Paulo agora traz a lume a causa formal, ou seja: a pregação do evangelho, por meio da qual a bondade de Deus flui para nós. Porque, por meio da fé, Cristo nos é comunicado, através de quem chegamos a Deus, e através de quem usufruímos os benefícios da adoção. Ele dá ao evangelho os magnificentes títulos de sabedoria e prudência, a fim de que os efésios pudessem desprezar todas e quaisquer doutrinas contrárias. Os falsos apóstolos cultivavam a pretensão de ensinar algo ainda mais sublime dos que os rudimentos que Paulo transmitia. E o diabo, a fim de solapar nossa fé, tudo fazia para desacreditar o evangelho até onde lhe fosse possível. Paulo, ao contrário, solidifica a autoridade do evangelho, para que os crentes possam descansar nele com segurança. “Toda a sabedoria” significa a plena ou perfeita sabedoria.

Visto que a novidade assustara alguns, o apóstolo trata com o erro por bastante tempo, e chama essa novidade de o segredo da vontade divina, e, no entanto, um segredo que a Deus aprouve agora revelar. Como anteriormente atribuíra a eleição deles ao beneplácito de Deus, assim também agora faz com sua vocação, para que os efésios pudessem reconhecer que Cristo tornou-lhes conhecido e lhes fez conhecido o evangelho que lhes fora anunciado, não porque merecessem alguma coisa, mas porque a Deus aprouve fazê-lo.

Tudo fora sábia e adequadamente planejado. O que pode ser mais justo do que seus propósitos, os quais estão ocultos dos homens, e que são conhecidos somente de Deus, enquanto ele queira guardá-los só para si mesmo? Ou, de outra forma, estaria em sua própria vontade e poder predeterminar o tempo em que esses propósitos seriam conhecidos aos homens? Portanto, o apóstolo Paulo está dizendo que o decreto que se encontrava na mente de Deus, de adotar os gentios, esteve oculto até agora; todavia, de maneira tal, que ele o mantivera em seu próprio poder até ao tempo da revelação. No caso de alguém perguntar por que um tempo e não outro foi selecionado, o apóstolo antecipa tal curiosidade, denominando o que fora designado por Deus de “na plenitude dos tempos” - o tempo pleno e apropriado, como temos em Gálatas 4.4. Que a presunção humana se reprima, e, ao julgar a sucessão dos eventos, que ela se curve ante a providência de Deus. A palavra “dispensação” aponta na mesma direção, porquanto a perfeita administração de todas as coisas depende do juízo divino.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.

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