“A NATUREZA DA VERDADEIRA ESCRAVIDÃO”
“E conhecereis a verdade, e a verdade vos libertará” (Jo 8.32).
Os judeus amavam vangloriar-se, embora não tivessem fundamento
correto, de que eram politicamente livres e de que eram escravos de qualquer
poder estrangeiro. Nosso Senhor Jesus recordou-lhes que havia outra escravidão
à qual eles não davam a mínima atenção, ainda que estivessem subjugados por
ela.
Quantas pessoas, em todo o mundo, são escravas do pecado, embora não o
admitam! Tornaram-se cativos de suas habituais fraquezas e corrupções e mostram-se
incapazes de serem libertos. Ambição, amor ao dinheiro, jogos de azar, relações
ilícitas - todas estas coisas dominam os homens. Todas elas possuem multidões
de infelizes prisioneiros, acorrentados pelas mãos e os pés. Os miseráveis
prisioneiros não admitem sua escravidão. Às vezes, orgulham-se de serem
eminentemente livres. No entanto, há ocasiões em que o fogo da aflição penetra-lhes
a alma e percebem amargamente que, de fato, são escravos.
Não existe escravidão semelhante a esta. O pecado realmente é o mais
severo de todos os senhores. Miséria e infelicidade nesta vida; desespero e
inferno no porvir - estes são os únicos salários que o pecado paga aos seus
súditos. Libertar o homem desta escravidão é o grande objetivo do evangelho.
Despertar as pessoas a fim de que percebam sua degradação, mostrar-lhes as
correntes em que estão presas, fazer que acordem e lutem por serem livres -
este é o grande alvo por que Cristo enviou seus ministros. Feliz é a pessoa que
teve seus olhos abertos e descobriu o perigo. Saber que estamos cativos é o
primeiro passo em direção a liberdade.
Deus nos abençoe!
J.C.Ryle (1816-1900).
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