"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



terça-feira, 30 de julho de 2024

“QUE NOS SALVOU E NOS CHAMOU COM SANTA VOCAÇÃO”


“QUE NOS SALVOU E NOS CHAMOU COM SANTA VOCAÇÃO”

“Que nos salvou e nos chamou com santa vocação; não segundo as nossas obras, mas conforme a sua própria determinação e graça que nos foi dada em Cristo Jesus, antes dos tempos eternos” (2Tm 1.9).

Pela visão da grandeza da bênção, o apóstolo Paulo demonstra o quanto devemos a Deus, porque a salvação que ele nos outorgou facilmente absorve todos os males que suportamos neste mundo. O termo “salvou”, ainda que seu significado seja de caráter geral, aqui, neste contexto, refere-se somente à salvação eterna. Seu significado consiste em que não haviam recebido através de Cristo nenhum livramento passageiro e transitório, e, sim, uma salvação eterna, e desse modo se revelariam extremamente ingratos, caso valorizassem sua vida fugaz, ou sua reputação, em vez de reconhecê-lo como seu Redentor.

Paulo diz que fomos chamados com “santa vocação”. Ele faz de nossa vocação o selo infalível de nossa salvação. Pois como a salvação foi consumada na morte de Cristo, assim Deus nos faz partícipes dela através de Cristo. Para magnificar essa vocação ainda mais, ele a qualifica de santa. Tal fato deve ser cuidadosamente observado, pois assim como temos de buscar a salvação exclusivamente em Cristo, ele também teria morrido em vão e a troco de nada caso não nos chamasse para participarmos desta graça. Portanto, mesmo depois de haver, com sua morte, nos conquitado a salvação, uma segunda bênção resta ser outorgada, a saber, que ele nos uniria em seu Corpo e nos comunicaria seus benefícios a fim de desfrutarmo-los.

O apóstolo também nos chama a atenção para a fonte, quer de nossa vocação, quer de nossa salvação total. Não possuímos obras que sejam capazes de tomar a iniciativa em lugar de Deus, de modo que a nossa salvação depende absolutamente de seu gracioso propósito e eleição. Ainda que Paulo geralmente use o temo “determinação” no sentido de “o decreto secreto de Deus”, o qual depende exclusivamente dele, o apóstolo, aqui, decide adicionar “graça” com o fim de tornar sua tese ainda mais explícita e poder excluir completamente toda e qualquer referência as obras. A antítese, neste versículo, por si só é suficiente para deixar completamente claro que não há espaço algum para as obras onde reina a graça de Deus, especialmente quando somos lembrados da eleição divina, através da qual ele antecipou eleger-nos antes que viéssemos à existência.

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário. 

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