“NOSSO AUXÍLIO E ESCUDO”
“Nossa alma espera no SENHOR, nosso
auxílio e escudo” (Sl 33.20).
O que o
salmista até aqui falou concernente à providência de Deus, e particularmente sobre
a fiel tutela com que ele protege seu povo, agora ele fala não tanto de si próprio,
mas como porta-voz do Espírito Santo. Portanto, em nome de toda a Igreja, ele
entoa seu cântico declarando que não existe nada melhor que confiar nosso
bem-estar a Deus. E assim vemos que o fruto da doutrina precedente é manifesto
a todos os verdadeiros crentes, para que, sem qualquer hesitação, se lancem com
seu coração confiante e alegre sobre o paternal cuidado de Deus. Desta forma, o
salmista não declara nada acerca de si próprio em particular, mas une a si
todos os piedosos no reconhecimento da mesma fé. Há certa ênfase intencional na
palavra alma; pois, embora seja este o modo comum de se expressar entre os hebreus,
contudo ele expressa um afeto solícito; como se os crentes dissessem:
Sinceramente confiamos em Deus de todo nosso coração, reputando-o como nosso auxílio
e escudo.
Deus nos
abençoe
João Calvino (1509-1564).
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