"SER CRISTÃO É TER MENTE E CORAÇÃO DE CRISTO".



segunda-feira, 14 de abril de 2025

“A PALAVRA DO PERDÃO” - Parte 5


“A PALAVRA DO PERDÃO” - Parte 5

“Então, dizia Jesus: Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem" (Lc 23.34).

5. Aqui vemos uma exemplificação amorosa do seu próprio ensino.

No Sermão do Monte nosso Senhor ensinou aos seus discípulos: “Amai a vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam e orai pelos que vos maltratam e vos perseguem” (Mt 5.44). Acima de todos os outros, Cristo praticou o que ele pregou. A graça e a verdade vieram através de Jesus Cristo. Ele não somente ensinou a verdade, mas ele mesmo era a verdade encarnada. Ele disse: “Eu sou o caminho, a verdade e a vida” (Jo 14.6). Assim, aqui sobre a cruz ele exemplificou perfeitamente seu ensino do monte. Em todas as coisas ele nos deixou um exemplo.

Observe que Cristo não perdoou pessoalmente seus inimigos. Assim, em Mt 5.44 ele não exortou seus discípulos a perdoarem seus inimigos, mas os exortou a “orar” por eles. Mas nós não devemos perdoar aqueles que nos maltratam? Isso nos leva a um ponto com respeito ao qual é necessária muita instrução hoje em dia.

A escritura ensina que sob todas as circunstâncias devemos perdoar sempre? Eu respondo enfaticamente: não, ela não ensina. A palavra de Deus diz: “Se teu irmão pecar contra ti, repreende-o; e, se ele se arrepender, perdoa-lhe; e, se pecar contra ti sete vezes no dia e sete vezes no dia vier ter contigo, dizendo: Arrependo-me, perdoa-lhe” (Lc 17.3,4). Aqui somos claramente ensinados que uma condição deve ser satisfeita pelo ofensor antes que possamos pronunciar o perdão. Aquele que nos ofendeu deve primeiramente “se arrepender”, isto é, julgar a si mesmo por seu erro e dar evidência de sua tristeza por causa dele. Mas, suponha que o ofensor não se arrependa? Então eu não preciso perdoá-lo.

Mas que não haja má compreensão do que queremos dizer aqui. Mesmo que alguém que nos ofendeu não se arrependa, todavia, eu não devo abrigar sentimentos ruins contra ele. Não deve haver nenhum ódio ou malícia cultivada no coração. Todavia, por outro lado, eu não devo tratar o ofensor como se ele não tivesse cometido nenhum erro. Isso seria fechar os olhos à ofensa, e, portanto, eu estaria falhando em manter as exigências da justiça, e isso é o que o crente deve fazer sempre. Deus alguma vez perdoa onde não há arrependimento? Não, pois a escritura declara: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça” (1Jo 1.9). Mais uma coisa. Se alguém me prejudicar e não se arrepender, embora eu não possa lhe perdoar e tratá-lo como se ele não tivesse me ofendido, todavia, eu não apenas não devo abrigar nenhuma malícia em meu coração contra ele, mas devo também orar por ele. Aqui está o valor do exemplo perfeito de Cristo. Se não podemos perdoar, podemos orar a Deus para perdoá-lo.

Deus nos abençoe!

Arthur W. Pink (1886-1952).

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*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.

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