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sábado, 12 de abril de 2025

“AQUELE QUE FURTAVA NÃO FURTE MAIS”


“AQUELE QUE FURTAVA NÃO FURTE MAIS”

“Aquele que furtava não furte mais; antes, trabalhe, fazendo com as próprias mãos o que é bom, para que tenha com que acudir ao necessitado” (Ef 4.28).

Isso tem a ver não só com os furtos mais graves, os quais são punidos pelas leis, mas também com aqueles que são de natureza mais secreta, os quais não se expõem ao juízo humano, todo gênero de depravação movidos pelo qual nos apoderamos de alguma propriedade alheia. Mas o apóstolo não nos incita simplesmente a abster-nos de qualquer apreensão injusta e indébita de bem alheios, mas também a prestar assistência a nossos irmãos, quanto estiver em nosso poder de fazê-lo. “Vós que furtáveis, não só deveis ganhar a vida com o labor lícito e inofensivo, mas também deveis repartir com o próximo”. Primeiramente, Paulo nos prescreve esta norma, para que não supramos nossas necessidades às expensas de nossos irmãos, mas também para sustentarmos a vida com o labor honesto. E assim o amor nos leva a fazer muito mais. Ninguém pode viver exclusivamente para si mesmo e negligenciar o próximo. Todos nós temos de devotar-nos à ação de suprir as necessidades do próximo.

Todavia, é possível que se pergunte se Paulo está a obrigar a todos os homens a trabalhar com as próprias mãos. Isso seria algo muito desagradável. Respondo que o significado dos termos é muito simples, se devidamente considerados. Ele proíbe o furto a todas as pessoas; mas muitos preferem a pobreza. Ele antecipa essa escusa, dizendo-lhes que trabalhassem com as próprias mãos. Como se dissesse: “Nenhuma condição, por mais dura ou desagradável que seja, justifica qualquer injúria ao próximo; ou, ainda mais, a ninguém isenta do socorro devido às necessidades de seus irmãos”.

Paulo amplia esta última cláusula. Ela contém um argumento do maior para o menor - o que é bom. Como há muitas ocupações que pouco valem para socorrer os homens em seus deleites lícitos, o apóstolo recomenda-lhes que escolham aquelas que tragam benefício a si e a seu próximo. Nem precisamos admirar-nos disso, pois se aquelas classes voluptuosas de ocupações que só podem trazer corrupção eram denunciadas pelos pagãos como sendo em extremo vergonhosas, um apóstolo de Cristo as incluiria para que figurassem entre ocupações lícitas recomendadas por Deus?

Deus nos abençoe!

João Calvino (1509-1564).

*Faça-nos uma oferta (Pix 08362076291).

*Visite a Igreja Presbiteriana Silva Jardim - Curitiba(PR).
Av. Silva Jardim, 4155 – Seminário.

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